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Moradores dizem que Moxico está sem gasolina


Luena, capital de Moxico
Luena, capital de Moxico

Más vias de acesso dificultam chegada de camiões, mas Sonangol desmente aumento de preços

Habitantes na província angolana do Moxico confirmaram à VOA existir uma grande falta de gasolina, com a venda do combustível a preços altíssimos no mercado paralelo, o que está a provocar um aumento dos preços de produtos básicos.

A infoirmação foi dada depois de a Sonangol emitir um comunciado em que diz ser falsa a informação posta a circular em diferentes meios sobre uma suposta subida dos preços, afirmando que essa desinformação teve como objectivo claro “gerar distúrbios ao normal funcionamento da distribuição e a especulação dos seus preços”.

A Sonangol confirmou, no entant,o que as províncias da Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico estão a atravessar o que chamou de “alguns desafios para o abastecimento normal causados pelo aumento das chuvas" .

Moradores de diferentes zonas da provincia do Moxico disseram à VOA que a gasolina chegou a ser comercializada no circuito informal a 2.500 kwanzas o litro.

No Luena, a capital da província, um dos nossos interlocutores contou que no momento em que falávamos havia já alguns indícios de reposição de combustível, mas que o litro de gasolina tinha atingido, no mercado informal a cifra dos 2.000 kwanzas, tendo reduzido para 1.500 nas últimas 24 horas.

Para o nosso entrevistado que não quis se identificar, o problema deve-se ao mau estado das estradas que dão acesso à província.

"As nossas vias de acesso são péssimas por isso os camionistas podem fazer cinco a sete dias de Luanda até aqui, ou às vezes não conseguem chegar com o combustível”, disse, acrescentando que neste momento, por exemplo, “no Cazombo Alto Zambeze, onde tenho lá um parente, o litro de gasolina está a 2.000 kwanzas".

No município do Luau o litro de gasolina está mais caro ainda, 2.500 kwanzas, como nos diz outro interlocutor que também pediu para não ser identificado.

"Aqui estamos a comprar a 2.500 kwanzas, (para) os jovens que vivem de moto-táxi fica quase impossível adquirir combustível a este preço, como consequência os preços dos produtos básicos subiram, um bidão grande de óleo alimentar que custava 13 mil já está a ser comercializado a 17.500 kwanzas, o litro de óleo custa agora mil e 500 kwanzas', afirmou.

O litro de gasolina em Angola continua a ser subvencionado pelo Estado custando ao bolso do cidadão 166 kwanzas o litro, enquanto o gasóleo fica a 135 kwanzas o litro.

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