Uma mulher de 53 anos de idade, foi encontrada morta com sinais de tortura e cordas no pescoço numa lagoa perto da sua propriedade, no sector de Cafunfo, município do Cuango, na província angolana de Lunda Norte.
Este caso faz renascer na população local a o medo do regresso de mortes em série de mulheres que abalou as Lundas há sete anos.
Sem qualquer responsabilização dos seus autores por parte das autoridades.
Como era costume, Vivina Bela, mãe de sete filhos, descolocou-se ao campo de cultivo com o propósito de ir à busca de sustento diário, mas desta vez não voltou.
Os familiares foram à procura de Vivina Bela e para espanto da comunidade ela foi encontrada numa lagoa sem vida, cinco dias depois do seu desaparecimento, com sinais de tortura e cordas em torno do pescoço.
Não há indícios dos autores do assassinato.
O facto que chocou a comunidade está a provocar pânico no seio dos populares que manifestam um elevado sentimento de insegurança na zona.
O activista cívico Jordan Muacabinza diz que “nesta altura há uma total insegurança por parte das mamás que têm medo de ir às lavras”.
Mais de 30 mortes misteriosas de mulheres na região das Lundas foram registadas nos anos anteriores mas, segundo Muacabinza, não houve qualquer esclarecimento.
“Até ao momento as autoridades não disseram nada e isso não tranquiliza as populações”, alertou aquela activista.
A população teme que este primeiro caso de homicídio ocorrido neste ano contra uma mulher, seja o retorno de ataques mortais registados em 2012, principalmente contra mulheres, cujos corpos eram encontrados sem os órgãos genitais.
Em 2013, as autoridades locais chegaram a impedir mais mortes mas nunca esclareceram as suas reais causas.
Na altura, a administração municipal falou em apenas 12 mortos, mas fontes locais apontaram mais de 30 vítimas.