O primeiro homem a receber um transplante um coração de porco geneticamente modificado, David Bennet, morreu ontem, informou o Centro Médico da Universidade de Maryland, em Baltimore, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira, 9.
"Não há nenhuma causa óbvia identificada no momento da sua morte", disse uma porta-voz do hospital.
Funcionários do hospital disseram que não poderiam dar mais detalhes sobre a morte porque os médicos ainda não fizeram um exame completo, mas pretendem publicar os resultados numa revista médica.
Entretanto, o cirurgião que realizou o transplante, Bartley Griffith, afirmou que a equipa ficou “devastada” com a perda de Bennett.
“Ele provou ser um paciente corajoso e nobre que lutou até o fim”, acrescentou Griffith.
O transplante de coração foi um dos vários procedimentos pioneiros nos últimos meses em que órgãos de porcos geneticamente modificados foram usados para substituir órgãos em seres humanos.
O processo, chamado xenotransplante, oferece uma nova esperança para dezenas de milhares de pacientes com rins, corações e outros órgãos doentes, pois há uma escassez aguda de órgãos doados.
O porco doador pertencia a um rebanho que passou por uma técnica de modificação genética pela empresa de biotecnologia Revivicor, que também forneceu o porco usado em um transplante de rim inovador feito num paciente com morte cerebral em Nova Iorque em outubro de 2021.
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