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Mudanças climáticas têm impacto na saúde pública, diz governo moçambicano


Um relatório divulgado pelo Instituto Nacional de Saúde indica que as mudanças climáticas no país agravaram o número de casos de malária e diarreias nos últimos 40 anos, principalmente nas províncias de Tete e Manica.

Mudanças climáticas têm impacto na saúde pública, diz governo moçambicano
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O aumento da temperatura nas regiões altas e as cheias cíclicas que tem acontecido em Moçambique está a tornar várias regiões do país propensas aos casos de malária e diarreias.

As zonas altas não eram favoráveis ao surto das patologias, mas o impacto das mudanças climáticas está a mudar o cenário, segundo o pesquisador e director científico do Instituto Nacional de Saúde (INS), Eduardo Samo Gudo.

"Nos últimos 40 anos houve um aumento da temperatura de 1 a 5 graus Celsius, nós sabemos que aumentos desta magnitude têm um impacto em várias doenças", disse Gundo.

O estudo aponta, a título de exemplo, que o aumento da temperatura, a seca, as precipitações em grandes volumes, entre outros elementos, como factores que contribuem grandemente para a nova tendência.

Em 2015, a malária contaminou 6.418.516 pessoas, 10 por cento a mais em relação aos 5.820.340 casos registados em 2014, como consequência das mudanças climáticas, associados à descoberta de outras doenças.

"A recente ocorrência de dengue e do chicungunha em algumas partes do nosso país, acompanhada da invasão de novas espécies de mosquitos em Moçambique representa novas ameaças impulsionadas pelas mudanças climáticas no nosso país", disse Nazira Abdula, ministra da Saúde.

A conclusão consta do Relatório sobre o Impacto de Mudanças Climáticas na Saúde (Malária e Doenças Diarreicas) e o Governo compromete-se a desenvolver acções para mitigar este impacto, segundo o Ministro do Ambiente Celso Correia.

"É importante ter em mente que esta acção das mudanças climáticas não depende só de um país, depende de uma esforço colectivo porque a casa é única", concluiu Correia.

A malária matou pelo menos 2.400 pessoas, em 2015, contra 3.245, em 2014, e continua a ser um problema de saúde pública no país.

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