A Associação Médica de Moçambique (AMM) decide nesta sexta-feira, 28 se suspende a actual greve de 21 dias ou se anuncia uma nova paralisação da classe..
Os médicos reivindicam o cumprimento de um acordo de 15 pontos com o Governo assinado em Dezembro, entre eles a fórmula de cálculo para o pagamento dos subsídios de diuturnidade, das horas extraordinárias, problemas de enquadramento e cortes salariais.
Os profissionais queixam-se ainda de intimidações e pedem melhorias das unidades sanitárias.
O presidente da AMM disse na quinta-feira, 27, que depois de 17 dias de greve, o Governo não tinha reagido.
“Ainda não fomos contactados, mas temos estado a receber vários recados pela imprensa; alguns falam sobre a situação económica do país”, afirmou Milton Tatia.
Ele acrescentou que “como médicos, temos consciência das dificuldades financeiras que o nosso país enfrenta” e foi com base nisso que, em Fevereiro, “a classe médica cedeu em quase todas reivindicações do caderno inicial”.
O Governo, através do seu porta-voz, Filimao Suaze, reafirmou que o Executivo está a dar resposta às inquietações.
“Nós como Governo estamos a trabalhar, mas posso lhe assegurar que aquilo que foi a promessa será integralmente cumprida dentro de tempo”, disse Suaze.
A AMM avançou que dois mil médicos aderiram a esta segunda fase da terceira greve nacional dos médicos que arrancou a 10 de Julho.
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