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Moçambique e Guiné-Bissau excluídos da Cimeira pela Democracia


foto de arquivo
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Fontes oficiais dizem que exclusões não têm significado político

Moçambique e a Guiné-Bissau foram excluídos da lista de países convidados a participarem na Cimeira pela Democracia organizada pelos Estados Unidos e a realizar-se virtualmente entre 9 e 10 de Dezembro.

O portal Politico.com publicou a lista de 108 países convidados a participarem sendo apenas 17 de África. Entre eles contam-se Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

Até agora não foi publicada uma lista oficial mas a agência de notícias Reuters disse ter confirmado a lista através de “uma fonte familiarizada com o assunto”.

Uma destacada entidade oficial americana envolvida no planeamento da cimeira disse à Reuters que convites foram enviados a países com diferentes experiências de democracia de todas as regiões do mundo.

“Não se trata de dizer “o seu país é uma democracia, o seu país não é uma democracia”. Isso não foi o processo que foi seguido”, disse essa entidade.

Outras fontes envolvidas no processo disseram que “houve que fazer escolhas” para se assegurar a diversidade regional e uma participação alargada.

Essas fontes disseram ainda que não foram impostas nenhumas condições mas que foram feitos apelos aos países convidados a apresentarem compromissos com acções a serem tomadas.

“Nunca foi nossa ideia prescrever ou ser prescritivo”, disse uma dessas fontes acrescentando que em todas as comunicações diplomáticas sobre a cimeira “partimos de uma posição de humildade reconhecendo que nenhuma democracia, incluindo a dos Estados Unidos, é perfeita”.

Na cimeira deverão participar dirigentes governamentais, da sociedade civil e do sector privado para se discutir meios de fortalecer as instituições democráticas, promover eleições livres e justas, proteger os direitos humanos e defender a sociedade civil e meios de informação independentes.

Face a cepticismo de alguns analistas entidades oficiais americanas disseram que a cimeira é apenas “o lançamento” de uma conversa mais longa sobre a democracia e que os países participantes terão que cumprir as reformas que prometerem para poderem ser convidados na cimeira do próximo ano.

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