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Moçambique, único país lusófono em África que "escapa" ao crescimento negativo, diz o FMI


Moçambique é o único país africano de língua portuguesa que não vai registar um crescimento negativo neste ano, em que a economia mundial enfrenta uma forte recessão devido à pandemia o novo coronavírus.

Quem o diz é o Fundo Monetário Internacional (FMI) no seu relatório “Previsões Económicas para a África Subsaariana – Uma abertura cuidadosa”, divulgado nesta segunda-feira, 29, em Washington e já disponibilizado no seu site.

Apesar de rever em baixa a previsão feita em abril, o FMI diz que Moçambique deve crescer 1,4% em 2020.

No próximo ano, o país terá um crescimento de 4,2 por cento, e não de 4,7 por cento como estimado em abril.

Por seu lado, Angola enfrenta este ano uma recessão de quatro por cento, refletindo o declínio na produção e nos preços do petróleo, o agravamento das condições de crédito e o declínio da atividade empresarial interna”.

Em 2021, a economia deve voltar a crescer 3,2 por cento se se mantiverem “a solidez dos preços do petróleo e as medidas de apoio político”.

Ainda de acordo com o FMI, Cabo Verde conhecerá um crescimento negativo de 5,5 por cento neste ano, mas voltará a crescer cinco por cento em 2021, enquanto São Tomé e Príncipe terá uma recessão neste ano de 6,5 por cento e um crescimento de três por cento em 2021.

Em situação ligeiramente melhor este ano encontra-se a Guiné-Bissau, que registará, segundo o FMI, um crescimento negativo de 1,9 por cento em 2020, passando para quatro por cento no próximo ano.

Esses dados decorreram da avaliação que o FMI faz das consequências da pandemia da Covid-19 na economia dos países.

A nível global, "a economia regional deve contrair-se 3,2%, o que é 1,6 pontos percentuais pior que o projetado em abril, e mostra uma redução da previsão de crescimento em 37 das 45 economias.

Em termos nominais o Produto Interno Bruto da África Subsahariana será243 mil milhões de dólares menor que o projetado em outubro de 2019",

"O crescimento na região deverá apenas recuperar gradualmente, assumindo que a pandemia se esbate, e o desconfinamento continua durante a segunda metade de 2020; o crescimento deverá ser de 3,4% em 2021, o que é 0,6 pontos percentuais mais baixo que a projeção de abril", lê-se no documento Previsões Económicas para a África Subsaariana – Uma abertura cuidadosa”, divulgada nesta segunda-feira, 29, em Washington e já disponibilizada no site do FMI.

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