O Ministério Público (MP) de São Paulo identificou 21 suspeitos de fazer parte da nova cúpula da fação criminosa Primeiro Comandando da Capital (PCC), que age dentro e fora das cadeias.
O novo chefe, Marcos Roberto de Almeida, conhecido por Tuta, e que está foragido, de acordo com a acusação do MP, ocupa o cargo de adido do consulado de Moçambique no Estado de Minas Gerais.
Ele assumiu o comando depois de o ex-chefe da fação, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, ter sido transferido, em 2019, para uma prisão federal.
“É um indivíduo que tem contato em consulado, que transita no país e fora do país. É uma operação hoje que a ordem não está mais centralizada dentro do presídio, mas na rua. Por isso a importância da operação de hoje", afirmou o procurador Lincoln Gakiya, na segunda-feira 14.
A Operação Sharks pretendia deter parte da nova direção da fação e cumpriu 12 mandados de prisão, além de 40 de busca e apreensão.
Pelo menos três pessoas foram presas e outras nove ainda estão foragidas e estão a ser procuradas no Estado.
O Governo de Moçambique ainda não reagiu à denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo.
No portal do Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação pode-se ver que o país tem um consulado honorário em Minas Gerais, dirigido ou apenas na pessoa de Deusdete Januário Gonçalves.