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Militares mantêm dirigentes guineenses presos até haver "segurança"


Raimundo Pereira, Presidente interino da Guiné-Bissau, está sob custódia dos militares. Nesta foto do funeral de Malam Bacai Sanhá, tem as mãos sobre a estrela na bandeira nacional
Raimundo Pereira, Presidente interino da Guiné-Bissau, está sob custódia dos militares. Nesta foto do funeral de Malam Bacai Sanhá, tem as mãos sobre a estrela na bandeira nacional

Porta-voz do Comando Militar diz à Voz da América que se procura um "arranjo constitucional" para sair da crise e formar governo

O porta-voz do Comando Militar da Guiné-Bissau disse à Voz da América (VOA) que Raimundo Pereira e Carlos Gomes Júnior só serão libertados quando houver condições de segurança.

De acordo com o tenente-coronel Dahba Na Walma essas condições não estão reunidas porque o país não tem Governo.

"Desde o momento em que se forme Governo e haja um responsável pelo pelouro da segurança, do Interior, nessa altura entenderemos que estão criadas condições para o (ex-)Primeiro-ministro e o Presidente da República serem postos em residência vigiada em suas até se poder provar que não há ninguém que lhes queira fazer mal", disse o militar em entrevista telefónica a partir de Bissau.

O prazo e termos para a formação desse governo permanecem uma incógnita. Dahba Na Walma disse que o novo executivo resultará de um "arranjo constitucional" a ser discutido com uma delegação técnica da Comunidade de Estados da África Ocidental (CEDEAO) que vai visitar Bissau em data a marcar.

O porta-voz afirmnou que nas conversações com uma delegação politica da CEDEAO que deixou o pais às 3h00 da manhã de terça-feira, o Comando Militar deixou claro que não pretende manter-se no poder.

Das suas declarações referentes a um "arranjo constitucional" resulta que o país poderá não regressar à ordem constitucional vigente à altura do golpe como é exigido por vários sectores guineenses e numerosas instiuições internacionais.

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