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Massacre de 27 de Maio de 1977 será relembrado em homenagem às vítimas pelo Governo angolano


Duas cerimónias, com deposição de flores, um minuto de silêncio em memória das vítimas e entrega de certificados de óbitos a orfãs, vão marcar o dia

O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos de Angola participa no primeiro acto público em homenagem às vítimas de guerra no país, precisamente no dia 27, data em que se assinala mais um aniversário do chamado massacre de 27 de Maio de 1977, no qual milhares de pessoas forma mortas pelo regime angolano.

Francisco Queiroz marcará presença na denominada Homenagem às Vítimas dos Conflitos Políticos, a decorrer na próxima quinta-feira, 27, na Praia da Independência, em Luanda, juntamente com um representante da Fundação 27 de Maio e um antigo -membro das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA).

Também deverão intervir duas órfãs dos conflitos, que receberão os certificados de óbito dos pais mortos.

Na ocasião será feito um minuto silêncio em memória das vítimas e será também depositada uma coroa de flores.

Antes, e de acordo com o programa, o cemitário de Santa Ana será palco de uma homenagem semelhante com desposição de flores e respeito de um minuto de silêncio.

A 27 de Maio de 1977, uma alegada tentativa de golpe de Estado, supostamente liderada por Nito Alves, afastado seis antes do cargo de ministro da Administração Interna, foi violentamente reprimida pelo Governo de Agostinho Neto.

Com a ajuda das tropas cubanas, então presentes em Angola, o regime deteve e matou milhares de pessoas, cujo total ainda se desconhece.

Há quem estime que cerca de 30 mil pessoas poderão ter sido assassinadas no que foi considerada uma purga dentro do MPLA, partido no poder.

Há dois anos, o Presidente angolano criou a Comissão para a Implementação do Plano de Reconciliação em Memória das Vítimas com a missão de elaborar um plano geral de homenagem às vítimas dos conflitos políticos desde a Independência Nacional, a 11 de Novembro de 1975, até à assinatura do Acordo de Paz, a 4 de Abril de 2002.

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