O Presidente brasileiro vai participar nos funerais do antigo estadista Mário Soares a acontecer na terça-feira, 10.
Os antigos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula da Silva divulgaram mensagens em que destacam a figura de Soares.
O anúncio de Michel Temer de que vai a Portugal aumentou ainda mais as críticas de que tem sido alvo por não se ter deslocado a nenhum dos Estados, Amazonas e Roraima, onde duas chacinas em prisões provocaram a morte de 93 pessoas.
Após a notícia da morte de Soares ontem, Michel Temer divulgou uma mensagem.
"Recebi com tristeza a notícia da morte de Mário Soares, figura-chave do Portugal moderno, amigo do Brasil. O mundo perde um estadista e um defensor da democracia e da liberdade. Meus sentimentos à família e ao povo português", disse o comunicado da Presidência.
Quem também reagiu imediatamente, foi o antigo Presidente Lula da Silva através da sua página no Facebook.
"Mário Soares foi um dos grandes homens públicos do século XX, não só de Portugal, mas da Europa e do mundo, um homem comprometido durante toda a sua vida com os ideias do socialismo democrático e a construção de um mundo mais justo", escreveu.
Lula da Silva lembrou a luta pela liberdade do político português, que se posicionou contra o fascismo e contra a ditadura em Portugal.
O também antigo Presidente brasileiro e amigo pessoal de Soares, Fernando Henrique Cardoso, publicou neste domingo, 8, um artigo no jornal o Globo no qual diz que “Mário Soares foi grande”.
“Portugal perde o líder inspirador que ajudou o país a sair do obscurantismo político para entrar no mundo da democracia e das liberdades. Socialista, Mário compreendeu os desafios contemporâneos: foi europeísta convicto e nunca trocou as bandeiras social-democratas pelas do fundamentalismo de mercado”, escreveu Cardoso, lembrando as muitas visitas e encontros com o antigo Presidente português.
“Homem do mundo e humanista, foi a vida toda um militante. Com o mesmo entusiasmo com que combateu o salazarismo opôs-se ao colonialismo na África e ao autoritarismo no Brasil”, considerou Fernando Henrique Cardoso, lembrando a “honra” de ter discursado no seu 90o. aniversário.