O Presidente português vai doar os 30 mil euros do “Prémio José Aparecido de Oliveira”, atribuído pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Março passado, às vítimas do terrorismo no norte de Moçambique.
O anúncio foi feito no sábado, 17, em Luanda, por Marcelo Rebelo de Sousa depois de ter recebido o prémio durante a cimeira de Chefes de Estado e de Governo da comunidade.
“Tenciono doar o valor deste prémio à Caritas de Moçambique para que seja distribuído pelas organizações não-governamentais que em Cabo Delgado tanto fazem, e em condições tão difíceis, pela verdadeira e duradoura paz social com ilimitada devolução humanitária", disse Rebelo do Sousa, antes de salientar os princípios da justiça, da democracia e da liberdade.
"Para estes e para todos os que em todas as nossas pátrias soberanas constroem a liberdade, a fraternidade e justiça todos os dias vai o meu primeiro e último pensamento", acrescentou o Presidente português que viveu parte da juventude em Moçambique.
Ele realçou que o “prémio representa também uma enorme responsabilidade no sentido de continuarmos juntos a pugnar pela valorização da língua portuguesa e pela promoção dos princípios e objetivos da CPLP".
Instituído em 2011 e de cariz bienal, o “Prémio José Aparecido de Oliveira”, antigo diplomata e ministro da Cultura do Brasil e um dos principiais idealizadores da CPLP, homenageia personalidades e instituições que se destacam na defesa, valorização e promoção dos princípios, valores e objectivos da comunidade, bem como na realização de estudos e trabalhos de investigação afins.
Angola assumiu a presidência rotativa da CPLP na cimeira de Luanda que aprovou um acordo de mobilidade entre cidadãos da comunidade, que cria o visto de residência e a autorização da residência para membros dos Estados dentro do espaço comunitário.