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Maputo: Raptos continuam a inquietar empresários


Maputo, Moçambique
Maputo, Moçambique

Uma semana depois do governo ter estado no parlamento e tranquilizado a sociedade acerca do combate aos raptos no país, nesta terça-feira (16), os esquadrões voltaram a entrar em cena. Uma cidadã de 47 anos de idade, empresária moçambicana com descendência asiática, foi raptada à porta da sua empresa, em Maputo.

A Polícia de Investigação Criminal (SERNIC) disse, num breve contacto com a nossa reportagem, ter tomado conhecimento do caso, estando ainda no processo de investigação.

“Confirmamos a ocorrência do rapto, no entanto, neste momento ainda é muito cedo para adiantar qualquer informação; podemos apenas dizer que o SERNIC, e outras forças policiais, está a trabalhar para esclarecer o caso e trazer a vítima ao convívio familiar,” disse o porta-voz Hilário Lole.

De 2021 a esta parte, dados oficiais indicam que houve 28 empresários ou seus parentes raptados, na sua maioria, nas cidades de Maputo e Matola. Destes, o governo diz que 15 já foram esclarecidos.

As vítimas em causa foram resgatadas, mas há uma que acabou morrendo no cativeiro, enquanto 13 sequestros continuam por ser decifrados.

Ao nível da sociedade, continua-se a questionar a brigada anti-raptos, anunciada há mais de dois anos pelo Presidente da República, mas que dela ainda não há sinais.

“Custa entender as razões pelas quais, até hoje, a tal brigada nunca sai do papel. Criar uma comissão precisa de tantas cerimónias? Há cidadãos a serem extorquidos, vítimas a morrer no cativeiro e empresários a fugir do país por causa destes crimes, que parecem estar a capturar o Estado,” diz o deputado e porta-voz da Renamo, Arnaldo Chalaua.

Na semana passada, o Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, disse que “está em curso o processo de especialização do efectivo seleccionado, que vai decorrer em paralelo com a terceira fase”.

Tal fase, expolicou Maleiane, consistirá “na mobilização do equipamento técnico consentâneo para dotar a unidade de maior capacidade operativa, convista a responder à altura dos desafios operativos e investigativos deste tipo legal de crime”.

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