Com uma forte presença policial, cerca de 3.000 pessoas manifestaram-se hoje em Tunis para protestar contra a decisão do presidente Kais Saied de assumir poderes executivos e suspender o parlamento.
Na semana passada Saied em violação da constituição assumiu poderes para governar por decreto depois de demitir o primeiro ministro.
A crise põem em perigo os progressos democráticos alcançados na Tunísia após a revolução de 2011 que resultou na chamada “Primavera Árabe”.
Saied disse que as suas acções – que os oponentes classificam de um golpe de estado –são necessárias para se fazer face ao impasse político, estagnação económica e falta de resposta à pandemia do Coronavírus.
Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o que dizem ser um golpe de estado.
O maior partido da Tunísia, Ennahda descreveu as acções do presidente como “um flagrante golpe contra a leigitimidade democrática” apelando ao povo para se unir e defender a democracia “numa luta pacífica”
O presidente disse que vai nomear um comité para elaborar emendas à constituição de 2014 e estabelecer “uma verdadeira democracia na qual o povo é verdadeiramente soberano"’