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Manica: Enchentes e queimadas descontroladas isolam milhares de pessoas


Milhares de pessoas estão sitiadas na sequência da subida de caudais de rios sazonais em Nguawala, no distrito de Macossa, na de Manica, e parte delas viram as suas casas destruídas por queimadas descontroladas, disseram à VOA nesta quinta-feira, 25, moradores locais e autoridades.

A subida dos caudais dos rios sazonais, nas últimas semanas, interrompeu a circulação rodoviária dos principais acessos a Nguawala, isolando todo o posto administrativo do resto do distrito e província, disse António Dinis, administrador distrital, lembrando que a situação é recorrente nesta época chuvosa.

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“Neste período chuvoso, Nguawala tem este problema de facto, fica sem comunicação durante algum tempo. A sede de Ngawala está toda ela sitiada”, afirmou Dinis.

A situação provoca um sofrimento adicional a 330 pessoas, que, por causa de queimadas descontroladas, perderam 44 casas e 36 celeiros precários, empurrando-as à insegurança alimentar.

Lázaro Tauzene, um morador local, disse que muitas pessoas alimentam-se de mangas e tubérculos silvestres.

Perante a situação, as autoridades equacionam a colocação de duas pontes metálicas sobre os rios Vunduzi e Mwavi, para se ultrapassar o problema de isolamento sazonal da região.

Ajuda

Entretanto, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGD) em Manica, avança que pelo menos 4.000 pessoas foram desalojadas nesta época chuvosa, que iniciou em Outubro, e que ações coordenadas estão a levar ajuda às vítimas.

“Neste momento as famílias afetadas estão a beneficiar da respetiva assistência, alguns em abrigo e outros em bens alimentares, de acordo com cada situação”, disse Borges Viagem, delegado do INGD em Manica.

Vários Comités locais de Gestão de Desastres, disse, estão no terreno a retirar as pessoas das zonas ribeirinhas.

Pelo menos 44 pessoas morreram na atual época chuvosa, que iniciou em Outubro último, devido ao mau tempo, das quais 19 na província da Zambézia, no centro.

As chuvas e ventos fortes afetaram em todo o país mais de quatro mil famílias, cerca de 20 mil pessoas, e destruição parcial de 1.611 residências, enquanto 718 foram totalmente destruídas e 1784 inundadas.

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