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Luisa Diogo baralha sucessão de Armando Guebuza


Luísa Diogo
Luísa Diogo

Sondagem coloca a ex-primeira-ministra na frente das preferências dos moçambicanos para suceder Armando Guebuza.

A Frelimo, partido no poder em Moçambique, encontra-se reunida desde esta quinta-feira, na Matola,cidade satélite de Maputo, para escolher o seu candidato ás presidenciais de Outubro próximo.

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Analistas dizem que o facto de a antiga primeira-ministra de Moçambique, Luisa Diogo, se apresentar, neste momento, como a figura mais popular entre os possíveis candidatos da Frelimo à sucessao de Armando Guebuza na Presidència da República, pode, eventualmente, forçar este Partido a um outro tipo de escolha.

Oficialmente, são três os pré-candidatos da Frelimo à sucessãoo de Guebuza, nomeadamente, Alberto Vaquina, actual primeiro-ministro, José Pacheco, ministro da Agricultura e Filipe Nyussi, ministro da Defesa Nacional.

Uma sondagem do jornal Savana concluiu que Luisa Diogo, a antiga primeira-ministra, é a figura mais popular entre os tres pré-candidatos, com 57 por cento das preferências dos inquiridos, à frente do também antigo primeiro-pinistro, Aires Aly, com 37 por cento dos votos.

Alberto Vaquina é o quarto com apenas 25 por cento dos votos.

Analistas dizem que o facto de Luisa Diogo ser aquela que facilmente pode vencer os outros concorrentes da oposição e a circunstância de o presidente do Movimento Democrático de Moçambique-MDM, Daviz Simango, ser a segunda figura mais popular, podem forçar a Frelimo a optar por um outro tipo de escolha.

O decano dos jornalistas em Moçambique, Paul Fauvet, diz que Luisa Diogo nao é só a figura mais popular, como também é a mais competente entre os tres pré-candidatos da Frelimo.

Acrescentou que “Luisa Diogo, com a sua experiência de governação, com o sucesso na negociação da dívida externa de Moçambique e os seus contactos internacionais tem todos os pré-requisitos para ser Presidente da República”.

Contudo, uma fonte partidária disse que a Frelimo poderá considerar todos os outros candidatos menos a candidatura de Luisa Diogo.

A questao que se levanta é se Luisa Diogo ignorar a decisao do Comité Central e concorrer para a Presidência da República sem o apoio da Frelimo, tal como fez Daviz Simango, na Renamo, em 2008,em que concorreu e venceu a eleiçao para a presidencia do municipio da Beira, centro de Moçambique?

Fauvet entende que nao, “porque a Frelimo é muito diferente da Renamo”.

Informações não confirmadas indicam que Luisa Diogo, eventualmente animada pelos resultados da sondagem, tenciona submeter a sua candidatura aos órgaos do partido.

Entretanto, o engenheiro e analista politico Luis Loforte, sem pôr em causa as capacidades de Luisa Diogo, critica o facto de a sondagem não estar associada a uma ficha técnica que permita aquilatar o universo em que foi feita, nomeadamente a abrangencia, as faixas etárias, se e entre os inquiridos houve quem dissesse que nem um nem outro ou que nao quis responder.

Na sua opiniao, uma sondagem feita alguns dias antes da realizaçao da terceira sessão do Comité Central da Frelimo, “pode-me levar a crer que tem, exactamente, o condão de querer influenciar os componentes do Comité Central”.
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