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Luanda Leaks: Analistas dizem que projetou a imagem de um país super-corrupto


Isabel dos Santos e José Eduardo dos Santos
Isabel dos Santos e José Eduardo dos Santos

A investigação, conhecida por Luanda Leaks, divulgada em duas dezenas de países e que descobriu que Isabel dos Santos, seu marido e intermediários construíram um império com mais de 400 empresas e subsidiárias em 41 países, incluindo pelo menos 94 em jurisdições sigilosas, continua a provocar reacões em Angola.

Analistas dizem ser impossível tirar ilações sobre os estragos que a investigação pode provocar, por agora, mas que Angola será visto como um país super-corrupto.

O politólogo Agostinho Sicato diz que as revelações põem em causa a credibilidade de muitos políticos angolanos e desafia a Procuradoria Geral da República (PGR) a investigar todos os casos que envolvem importantes atores da política nacional.

“Vai ter que investigar e se o fizer vamos ter eleições antecipadas”, sustenta.

Osvaldo Mboko, professor universitário, é de opinião que “é dificil tirar ilações deste processo”, que, no entanto, “mostra também que o país é bastante corrupto e que não tem um sistema financeiro seguro, o que vai retardar o investimento externo”.

Por seu lado, o também analista Olívio Kilumbu acrescenta que a investigação Luanda Leaks revela que o país nunca “teve um Governo sério e indica ainda a degradação do MPLA”.

Refira-se que desde a divulgação do Luanda Leaks, a 19 de janeiro, não houve qualquer reação do Presidente João Lourenço e apenas o PGR, Hélder Pitta Grós tem-se pronunciado sobre o caso desencadeado em 2018 pelo Ministério Público, depois do sucessor de Isabel dos Santos à frente da Sonangol, Carlos Saturnino, ter denunciado transferências suspeitas.

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