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Criar novos factos culturais lema da Feira Internacional da Música e da Leitura


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Enriquecer a Feira Internacional da Música e da Leitura, apesar das inúmeras adversidades de âmbito financeiro e institucional.

Luanda acolheu de 13 a 19 de Agosto último, a Feira Internacional da Música e da Leitura. Organização do evento clama por mais apoios e aberturas para expansão da iniciativa em várias províncias do país.

“Criar novos factos culturais” foi o lema desta Feira que juntou no átrio do Centro de Formação de Jornalistas, em Luanda, escritores, músicos, políticos, académicos, estudantes universitários entre outras figuras ligadas à música e a literatura.

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A organização faz um balanço positivo deste evento multidimensional que já vai se tornando marca em Luanda. Durante os seis dias, perto de duas mil pessoas visitaram o local. Centenas de discos de músicas foram comercializados e pelo menos cerca de duzentos livros foram vendidos diariamente.

Jomo Fortunato Director da Arte Viva Editora, a promotora da actividade, alegra-se com o interesse pela leitura revelado pela grande participação de estudantes nesta feira. Mas, Jomo Fortunato ressalta o facto de não ter tido apoios para concretização desta actividade de periodicidade anual.

Grande parte dos livros comercializados, são os de utilidade no circuito académico, para o caso, os mais recomendados nas instituições de ensino. A feira da Música e da leitura foi para muitos uma resposta a escassez de literatura.

O Movimento Lev´Art, uma organização que vela pela promoção de eventos culturais, principalmente ligada a literatura, faz um balanço positivo, mas ressalta a falta de abertura, de estruturas, e de pessoas interessadas em fazer acontecer actividades do género. Manuel Figueira esteve durante os seis dias na instalação deste movimento cultural.

Por outro lado esta edição da feira internacional da Música e da leitura marcada pela ausência de apoios institucionais.

Jomo Fortunato concorda com quem diz que o desinteresse das empresas em patrocinar actividades culturais, revela a sua falta de interesse pelos eventos que promovam o saber. O também promotor cultural, defende mais apoio das empresas nacionais e estrangeiras às actividades de carácter social e cultural para expansão de eventos como a feira internacional da música e da leitura e para o acompanhamento do movimento bibliográfico internacional no país.

Jomo Fortunato aproveitou a ocasião para falar sobre o que pensa em relação ao estado da literatura angolana, bem como o interesse da mesma nos circuitos académicos.

Para a próxima edição, que acontece em Agosto de 2013, a organização promete enriquecer o formato da Feira Internacional da Música e da Leitura, apesar das inúmeras adversidades de âmbito financeiro e institucional.

O evento que decorreu de 13 a 19 de Agosto em Luanda foi brindado com ciclo de palestras, actuações ao vivo de músicos angolanos de sucesso, e debates sobre diversos temas ligados a literatura, política e sociologia, direito e por outro lado, com recitais de poesias e apresentação de filmes em DVD.

Sob o signo “Criar novos factos culturais”, cerca de cinquenta expositores entre editoras, alfarrabistas, movimentos culturais ligados a literatura e a música, expuseram durante seis dias os seus produtos durante a Feira Internacional da Música e da Leitura cuja realização tem periodicidade anual e já se tornou tradição desde 2006 ano, em que aconteceu a primeira edição.
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