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Lourenço pede promoção da cultura da paz e fim dos conflitos em África


João Lourenço, Presidente angolano, e líderes africanos presentes na 3a. Bienal de Luanda, Angola, 22 novembro
João Lourenço, Presidente angolano, e líderes africanos presentes na 3a. Bienal de Luanda, Angola, 22 novembro

Presidentes, antigos Chefes de Estado e representantes internacionais debatem a cultura da paz da 3a. Bienal de Luanda.

O Presidente angolano disse nesta quarta-feira, 22, que o seu Governo tem procurado desempenhar um papel ativo para resolução dos conflitos em África "porque acredita que a perseverança leva a bons resultados".

João Lourenço fez esta afirmação na abertura da 3.ª edição da Bienal de Luanda - uma cultura de Paz, em Luanda, em que estão presentes chefes de Estado de vários países africanos e representantes de organizações internacionais.

No seu discurso, o chefe de Estado realçou a importância da paz e da convivência pacífica no seio das sociedades para os países africanos, "onde é fundamental fazer-se uma pedagogia permanente, principalmente junto dos jovens", para a necessidade de defender e preservar a paz, como condição primária para o desenvolvimento económico e social dos países.

Para Lourenço, "promover uma cultura de paz, implica a valorização do coletivo, estimula o respeito pelas diferenças, consagra a diversidade como fonte de riqueza a proteger e pode agir como um fator impulsionador do reforço da justiça social, da equidade e da inclusão".

Lourenço defendeu iniciativas para pôr um fim definitivo aos conflitos em África e se iniciar, "sem nenhuma espécie de constrangimento", o processo de desenvolvimento sustentável de África, e citou exemplos problemáticos como o Sudão, as ações terroristas na região do Sahel e os golpes de Estado em alguns países da África Ocidental e Central.


Por seu lado, numa declaração à margem do evento, o director-adjunto da UNESCO, Xing Qu, considerou a realização conjunta da Bienal de Luanda 2023 um ato de reconciliação de Angola com o seu passado e presente.

Ao intervir num painel sobre tecnologia, ex-Presidente de Moçambique e conselheiro da União Africana, Joaquim Chissano, destacou que a tecnologia não funciona por si, e pediu "uma aposta no homem e na mulher porque ainda há jovens que vivem dentro de um obscurantismo total”, sobretudo nas zonas rurais e em algumas cidades que são marginais.

Estão presentes no encontro, presidentes de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe, o presidente da Comissão da União Africana, ex-chefes de Estado da Nigéria, África do Sul, Quénia e Malaui e representantes de organizações internacionais.

Do programa constam seis painéis sobre temas como o papel dos jovens na promoção da cultura de paz, tecnologia e educação como ferramentas para alcançar igualdade de género, o papel das mulheres nos processos de paz, segurança e desenvolvimento, a transformação dos sistemas educativos, financiamento inovador no contexto africano, perspectivas de crescimento económico e desafios das mudanças climáticas.

A Bienal de Luanda é uma plataforma de implementação do Plano de Acção para uma Cultura de Paz em África/Atuemos pela paz, adotado em março de 2013, na capital angolana, no Fórum Pan-Africano "Fontes e Recursos para uma Cultura de Paz", bem como um espaço de fomento do compromisso dos líderes africanos e da sociedade civil do continente com fundamento nas aspirações da Agenda da União Africana 2063, nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU e na "Estratégia Operacional da UNESCO para a Prioridade África 2022-2029".

O encontro termina na sexta-feira, 24.

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