O Presidente angolano e o Rei da Espanha, apelaram a parcerias entre empresários dos dois países e, enquanto João Lourenço pediu mais investimentos espanhóis, Felipe VI disse que os empresários do seu país podem apoiar o Plano de Desenvolvimento Nacional de Angola.
Ao abrir o fórum empresarial em Luanda, nesta quarta-feira, 8, Lourenço disse que o Governo está a "envidar esforços" para o desenvolvimento de um complexo industrial farmacêutico em parceria com Espanha para fornecer o mercado local e países vizinhos.
O Chefe de Estado mostrou a disponibilidade do seu Executivo de a"profundar as relações económicas e empresariais entre os nossos dois países", e lembrou que Angola tem contado com financiamento da banca espanhola e linhas de crédito.
Ao se dirigir aos empresários espanhóis, Lourenço disse que "temos estado a trabalhar para restaurar a confiança dos agentes económicos, por isso estamos a aprofundar as bases do Estado democrático e de direito e a consolidar a economia de mercado, promovendo o surgimento de um setor privado forte e competitivo que seja motor de crescimento de Angola".
Por seu turno, o Rei de Espanha desafiou Angola a "relançar o crescimento e fortalecer o desenvolvimento económico e social" e destacou que o Governo espanhol pode desempenhar "um papel importante com apoio empresarial e financeiro".
Felipe VI sublinhou que as empresas espanholas "podem apoiar o Plano de Desenvolvimento Nacional de Angola com a sua experiência, profissionalismo, podendo gerar melhores resultados a curto, médio e longo prazo".
Mais tarde, ao discursar no Parlamento, o monarca reiterou que "Angola é uma terra de oportunidades" e desafiou os governos africanos a rejeitarem a guerra "injustificada" na Ucrânia que, segundo ele, afecta seriamente todos os continentes".
Felipe VI apelou ainda a uma união de "forças para defender os princípios básicos do direito internacional e a Carta das Nações Unidas" lembrou que a está a ter um sério impacto a nível mundial e, em particular, em África, devido à crise alimentar, que agravou a já complicada situação humanitária no continente.
"Hoje, mais do que nunca, os países amigos têm de preservar uma ordem internacional justa, baseada em regras que têm como pedra angular o respeito pela soberania nacional e a integridade territorial de todos os Estados", concluiu o rei espanhol que, com a esposa Letizia, deixa Luanda hoje.
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