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Líder rebelde do Sudão do Sul diz que acordo ainda está longe


Riek Machar diz que a manutenção de prisioneiros políticos e a invasão ugandesa são os principais pontos de bloqueio para o cessar-fogo.

O líder rebelde do Sudão do Sul, Riek Machar disse que contrariamente ao que se tem veiculado, não se está perto de um acordo com o governo sul sudanês

O líder rebelde fez esta declaração depois do encontro no Sábado com os mediadores africanos.

Mediadores do IGAD – Grupo Internacional para o Desenvolvimento – da África Oriental reuniram-se com Riek Machar num local secreto no Sudão do Sul.

Numa entrevista telefónica com a Voz da América no Domingo, Machar fez esmorecer esperanças que havia sobre um possível acordo para por fim a luta que já dura há cerca de um mês.

O líder rebelde disse que os principais pontos de bloqueio têm sido a detenção de 11 políticos da oposição presos poucos dias depois do início da crise, e a notícias do apoio militar do Uganda as forças governamentais do Sudão do Sul.

“Eu penso que não estamos próximos do acordo porque aparentemente eles têm desvalorizado a importância de libertação de presos políticos e também têm dado pouca importância ao facto de haver uma invasão do Uganda ao Sudão do Sul.”

Depois dos encontros da semana passada com o presidente sul-sudanês Slava Kiir e os presos políticos, os mediadores do IGAD disseram que os detidos afirmaram que as suas situações “não devem ser um obstáculo a obtenção de um acordo.”

O governo do Uganda por sua vez negou as alegações do seu envolvimento militar no conflito sul-sudanês e adiantou que as suas tropas estão apenas naquele país para proteger civis ugandeses.

O líder rebelde Riek Machar adiantou contudo que a sua equipa negocial continua engajada nas negociações a decorrer na capital etíope – Adis Abeba – destinadas a acabar com a violencia.

“Eu estou interessado na cessação das hostilidades, além de mais eu sou o visado nesse caso. Quem devia estar mais interessado na cessação das hostilidades?”

As tropas governamentais reivindicaram o controlo de territórios outrora em poder rebelde no Estado de Unity, e estavam próximas do principal reduto da oposição em Bor, capital do Estado de Jonglei.

Os combates na capital Juba tiveram o início a 15 de Dezembro, e as Nações Unidas estimam que aproximadamente 400 mil pessoas foram desalojadas por esse conflito entre as facções militares e alimentado por rivalidades inter-étnicas.
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