Apesar da pressão que está a ser exercida por várias organizações da sociedade civil para que o governador do Banco de Moçambique se demita, devido ao apagão no sistema interbancário de pagamentos electrónicos, Rogério Zandamela responde com um rotundo “não”.
Zandamela diz que a reposição da Rede Simo através do pagamento da banca comercial ao provedor BizFirts não foi uma decisão unilateral e teve a participação do banco Central do país.
Mas o economista João Mosca aponta o dedo ao facto deste apagão ter retirado toda a credibilidade ao sistema financeiro e diz que os lesados podem ser ressarcidos.
"Não se pode aceitar que um país fique nas condições em que ficou, na medida em que isso acarreta prejuízos imensos para os cidadãos, individualmente, famílias, empresas e para o próprio país nas suas transações internacionais que requeriam pagamentos e recebimentos, portanto é uma situação que retira total credibilidade no sistema financeiro em Moçambique", comentou Mosca.
Por seu turno o analista Simão Mhambi considera ser "possível que existam alguns esquemas que estejam a retirar oportunidades a algumas pessoas e que não estejam a gostar, também temos que recordar que na relação que existe em Moçambique entre os bancos comerciais e o banco central”.
Outra consequência do apagão passa pelos prejuízos que deixou nos consumidores, empresas e consumidores.
Neste aspecto, João Mosca defende haver espaço para que os lesados sejam ressarcidos.
“Quando você não paga uma prestação de um crédito que possui o banco aplica-lhe juros e não pergunta qual é a razão de não ter pago, neste caso também se um cliente de um Banco num determinado momento não lhe é satisfeito uma situação a que tem direito independentemente das razões do Banco os cidadãos têm direito de reclamar", defende aquele economista.