A actividade eruptiva do Vulcão do Pico, na ilha cabo-verdiana do Fogo, aumentou de intensidade na madrugada de hoje, 2, destruindo a única escola de Ensino Básico no povoado de Portela e a pensão Pedra Brabo, além de algumas casas.
Após 10 dias de erupção, tanto as autoridades como os moradores da região de Chã das Caldeiras, no sopé do Vulcão e que abriga os povoados de Portela e Bangaeira, chegaram à conclusão que não há regresso a não ser para cultivar terras e visitar o Vulcão.
O general Antero Matos, coordenador do Gabinete de Crise criado pelo Governo para gerir a fase pós-erupção, disse hoje à VOA que uma equipa de técnicos desloca-se “hoje ou amanhã para identificar áreas onde as pessoas serão realojadas, bem como a construção das infra-estruturas necessárias”.
Vídeo da Green Studio, 2 de Dezembro
No terreno, a próxima vítima das lavas pode ser a adega que produz os vinhos Chã, pertencente à cooperativa vitivinícola local, e que é o bem material mais precioso existente naquele espaço.
Os responsáveis da adega garantem que estão a retirar todo o vinho armazenado e a criar condições para que seja conservado nas melhores condições, de modo a garantir a qualidade desse vinho que começou a ser exportado e é um dos produtos mais conhecidos do país.
Os moradores de Bangaeira também estão em alerta porque as lavas podem igualmente avançar sobre este povoado situação em Chã das Caldeiras.
Frente à situação que já foi classificada pelo primeiro-ministro José Maria Neves de “catástrofe”, a Comissão Europeia anunciou hoje que o mecanismo de protecção civil da União Europeia foi activado para apoiar Cabo Verde na sequência da erupção do vulcão do Fogo.
Vídeo da Green Studio, manhã de 28 de Novembro