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Lançado projeto para “fazer justiça à história” da libertação dos países lusófonos em África


Soldados do MPLA comemoram independência de Angola em 11 de Novembro de 1975
Soldados do MPLA comemoram independência de Angola em 11 de Novembro de 1975

Iniciativa partiu de Pedro Pires e João Lourenço

A cidade de São Tomé acolheu na quinta-feira, 11, o lançamento do Projeto de Elaboração da História da Luta de Libertação Nacional dos Países Africanos de Língua Portuguesa, na parte referente a São Tomé e Principe.

Lançado projeto historico da luta de libertação nos países lusófonos em África - 2:41
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O desafio lançado há cerca de quatro anos pelo antigo Presidente de Cabo Verde, Pedro Pire, e o Presidente angolano deu mais um passo com vista à sua concretização, mas ainda tem muitos desafios à sua frente.

O projeto decorre em simultâneo em todos os países africanos de língua portuguesa, com vista à produção de três volumes de um livro sobre a história da luta de libertação nos cinco países africanos de língua Portuguesa.

“O primeiro volume refere-se às caraterísticas das sociedades africanas no último quartel do século IXX até 1945. O segundo volume fará referência a luta de libertação nacional e o terceiro volume será as transições para as independências”, revelou Nazaré de Ceita, Coordenadora do grupo de historiadores são-tomenses que participam no projecto, dando conta do trabalho de investigação, de diálogo oral e cruzamento de fontes de informação em curso junto a instituições e personalidades portuguesas e dos países lusófonos em África.

Entretanto, perante o desaparecimento físico de diversos nacionalistas dos processos de luta de libertação, o historiador Carlos Neves apela à celeridade na concretização deste projecto.

“É preciso alertar a nação, o país, para certos valores, e isto só pode ser feito através do estudo do nosso passado e da nossa história”, disse Neves criticando os que apregoam que a independência foi um erro.

Por seu lado, o ex-Presidente são-tomense e um dos nacionalistas da luta de libertação, Miguel Trovoada, alerta para que a história não seja contada à metade, desvalorizando os depoimentos que fazem crer que as lutas pela independência começaram com a revolução de 25 de abril de 1974 em Portugal.

“Felicito a iniciativa, que ela avance, mas de uma forma holística, objetiva e que se faça justiça à história”, apelou Miguel Trovoada, um dos fundadores do Comité de Libertação de São Tomé e Príncipe, CLSTP, criado no inicio dos anos de 1960.

A produção literária da historia da luta de libertação de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe é uma iniciativa do antigo Presidente cabo-verdiano, Pedro Pires, e do chefe de Estado angolano, João Lourenço, que visa a preservação do legado dos promotores da independência das antigas colónias de Portugal em África.

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