O líder do Movimento da Forças Democráticas de Casamance (MFDC) demarca-se do “acordo de deposição de armas” assinado no passado dia 4 de Agosto entre as Autoridades do Senegal a ala do Movimento liderada por Cessar Atout Badiate, sob auspícios do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.
Contactada pela VOA, uma fonte próxima ao líder da ala comandada por Salif Sadio afirma que o acto não passa de um “teatro”.
“Isso não vai a lado nenhum. Não sabemos nada sobre este acordo”, refere a fonte, por sinal, um dos destacados operacionais do Movimento.
Para a fonte, o acordo assinado na semana passada, “visa abrir o caminho para uma operação militar conjunta das Forças Armadas do Senegal, da Gâmbia, da Guiné-Bissau e a ala de Cesar Atout Badiate contra os homens de Salif Sadio”, que se encontra agora na parte norte de Casamance, junto à fronteira com a República da Gâmbia.
“Estamos prontos para a guerra. É o nosso almoço e jantar. Se querem a guerra hoje, nós estamos preparados desde ontem. Aliás, crescemos debaixo da guerra e não temos medo da guerra”, precisou a fonte.
A Guiné-Bissau é o garante do referido “acordo de deposição de armas” entre uma das alas do Movimento das Forças Democráticas de Casamance (MFDC) e as autoridades Senegalesas.
Recorda-se que César Atout Badiate, líder da ala sul do MFDC, foi quem assinou o documento, enquanto que do lado do Senegal rubricou Papa Farba Sarr, coordenador de uma comissão Ad-Hoc criada por Dakar para fazer parte das conversações com os independentistas de Casamance.