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Kim Darroch, embaixador britânico em Washington, demite-se


Diplomata fez duras críticas ao Presidente Trump
Diplomata fez duras críticas ao Presidente Trump

O embaixador britânico nos Estados Unidos, Kim Darroch, demitiu-se do cargo em nova enviada ao seu Governo, nesta quarta-feira, 10, três dias depois de o jornal inglês Mail ter revelado emails nos quais o diplomata considerou que o Presidente Donald Trump é "inepto, inseguro e incompetente".

"A situação actual torna impossível cumprir o meu papel", escreveu Darroch em comunicado.

Nos emails, de acordo com o jornal, ele afirmou que Trump poderia estar em dívida com "russos suspeitos" e criticou as políticas económicas do Presidente americano.

Trump reagiu e chamou o diplomata de “estúpido, maluco e pomposo", além de dizer que não faria "negócios" com ele.

Reacções

Após a demissão, a primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou que Darrich"prestou uma vida de serviços" ao Reino Unido.

"Hoje de manhã falei com Sir Kim Darroch. Disse-lhe que é motivo de grande pesar que ele tenha sentido a necessidade de deixar a sua posição", declarou May ao Parlamento britânico.

Po seu lado, o chefe do serviço diplomático britânico, Simon McDonald, declarou que aceitava a renúncia de Darroch "com profundo pesar pessoal".

"Nos últimos dias, difíceis, você se comportou como sempre o fez ao longo de uma longa e distinta carreira, com dignidade, profissionalismo e classe. A primeira-ministra, o ministro das Relações Exteriores e todo o serviço público estiveram com você: você foi alvo de uma fuga maliciosa; você estava simplesmente a fazer o seu trabalho", lê-se no comunicado oficial.

Jeremy Hunt, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido e um dos candidatos ao cargo de primeiro-ministro, afirmou que está "profundamente triste" com o pedido de demissão de Darroch e "indignado" com a fuga dos e-mails à imprensa.

Boris Johnson, adversário de Hunt e líder da corrida para ser o próximo primeiro-ministro britânico, declarou que Darroch é "um excelente diplomata”, mas “não é certo que as carreiras e as perspectivas dos funcionários públicos sejam arrastadas para a agenda política".

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