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Jovens devem liderar a música angolana - Elias Dya Kimuezo


 Elias Dya Kimuezo
Elias Dya Kimuezo

A minha geração já deu o seu contributo, diz "o rei" da mísica angolana

Os jovens devem assumir a liderança no desenvolvimento da músuica angolana, disse Elias Dya Kimuezo.

O músico angolano Elias José Francisco ou simplesmente Elias Dya Kimuezo foi homenageado no passado 08 de Junho na União dos Escritores Angolanos (UEA), numa iniciativa da União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC) em parceria com a UEA.

Segundo a UNAC, na voz do músico Carlos Lamartine a iniciativa é uma forma de valorizar os artistas angolanos.

“ Elias abre a iniciativa pelo facto do Rei da Música angolana ser uma das maiores referências da música do país”, disse

Elias Dya Kimuezo, esse, apelou aos jovens a continuarem a fazer projectos que visam desenvolver a música nacional, assim como para que a mesma tenha um maior crescimento e dinâmica.

Durante a “Maka à Quarta-feira”, na sede da União dos Escritores Angolanos (UEA), Elias Dya Kimuezo afirmou que a sua geração já deu o seu contributo para o crescimento da música nacional, cabendo agora aos jovens cumprirem o seu papel para que a mesma atinja outros patamares a nível internacional.

Elias Dya Kimuezo anunciou durante a sua intervenção que teve “muita dificuldade em cantar os seus temas na época colonial, porque eram interpretados em língua nacional kimbundu o que não era permitido pelos portugueses, já que era considerada língua de cão”.

Elias José Francisco está com 81 anos de idade e interpreta músicas em vários estilos, como semba, rumba e bolero.

Com uma carreira iniciada nos anos 50, na "Turma do Margoso”, como vocalista principal e tocador de bate-bate, tem gravado quatro Long Play (LP) e igual número de singles, todos produzidos entre as décadas de 60 e 70, tem apenas dois CDS no mercado. O primeiro foi lançado em 2005.

Descobriu a sua vocação artística aos 15 anos, fruto da sua constante frequência no Samba Kimúngua, na zona do Bungo, onde residiam vários operários do Porto e dos Caminhos-de-ferro que tocavam e dançavam o kinganje. Dois anos mais tarde, entrou para Os Kizombas que, na altura, tocavam nas farras do Salão Malanjinho, no Bairro do Sambizanga.

Em 1972, ainda ano tempo colonial, em compensação pelo trabalho em prol da música, foi distinguido com uma estatueta referente aos “11 mais da cidade de Luanda”, que premiava as 11 figuras mais destacadas nas diversas áreas profissionais e sociais na capital.

Desde os meados da década de 60, Elias Dya Kimuezo foi considerado “O Rei da Música Angolana”, pelo trabalho desenvolvido.

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