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Jornalistas são "personalidade do ano" da Time


Time, Personalidade de 2018
Time, Personalidade de 2018

Revista destaca os "contadores da verdade"

A revista americana "Time" escolheu os jornalistas mortos e presos como "Pessoa do Ano" de 2018.

A "Time" citou nesta terça-feira, 11, o número recorde de repórteres atrás das grades em todo o planeta: o Comité de Protecção aos Jornalistas registrou 262 casos em 2017.

A revista lembrou ainda a avalanche de desinformação nas redes sociais e de autoridades que classificam como "fake news" reportagens críticas aos seus governos.

"Este ano estamos a reconhecer quatro jornalistas e um meio de comunicação que pagaram um terrível preço por encarar os desafios deste momento", afirmou Edward Felsenthal, diretor da "Time".

Os profissionais mencionados pela revista são o colunista do "Washington Post" Jamal Khashoggi, a ex-repórter da CNN nas Filipinas Maria Ressa, além de funcionários do jornal "Capital Gazette", em Annapolis (EUA), e da agência Reuters.

O prémio de "Pessoa do Ano" é entregue anualmente desde 1927.

Segundo a publicação, ele "reconhece a pessoa ou grupo de pessoas que mais influenciaram as notícias e o mundo - para bem ou para mal - durante o ano".

Os homenageados

Quem aparece na capa da edição especial é Jamal Khashoggi, jornalista saudita crítico ao Governo da Arábia Saudita, morto em outubro, dentro do consulado de seu país em Istambul

A jornalista filipina, ex-repórter de sucursais da rede CNN, abriu o site de notícias Rappler em 2012, com reportagens críticas ao Presidente Rodrigo Duterte.

Segundo o Comité de Proteção dos Jornalistas, essa cobertura rendeu ao site uma "campanha de assédio legal" feita pelo Departamento de Justiça de Duterte.

A redacção do jornal no Estado americano de Maryland foi atacada por um homem armado em Junho deste ano está entre os premiados.

Cinco pessoas morreram, sendo quatro jornalistas e uma assistente de vendas.

Jarrod Ramos, de 38 anos, foi preso após a acção e enfrenta cinco acusações de homicídio qualificado.

Após o ataque, jornalistas montaram um esquema improvisado no estacionamento de um centro comercial para fechar a edição do dia, com a notícia do massacre.

Wa Lone e Kyan Soe Oo

Um tribunal de Mianmar condenou a sete anos de prisão os dois jornalistas da Reuters.

Eles foram acusados de violar a Lei de Segredos Oficiais, durante a investigação de um massacre de muçulmanos rohingyas.

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