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Jornais privados podem não sair à rua em Angola


Gráficas alegam dificuldades económicas, mas directores dos jornais duvidam.

Uma dezena de jornais privados angolanos corre o risco de não dar à estampa nos próximos dias devido à falta de condições técnicas nas gráficas que imprimem as publicações com pendor mais crítico ao Governo e a um preço mais acessível.

As redacções do jornal O Crime, Terra Angolana, Grandes Noticias, Folha 8, Manchete, entre outras, receberam esta semana um e-mail a informar-lhes sobre a eventualidade de não serem impressos.

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Entre as causas apontadas estão a crise económica e financeira que o país atravessa, mas alguns directores de órgãos duvidam.

O director do quinzenal O Crime diz não acreditar nas explicações que lhes foram dadas, ou seja, dificuldades em importar material devido à falta de dólares.

“Dois dias antes do fecho fomos informados que não podíamos imprimir por falta de matéria-prima, mas dos contactos que fiz deixa transparecer haver uma orientação neste sentido”, afirma Mariano Brás.

Nelson Sul d’Angola, director do semanário Correio do Sul, revelou também ter sido informado sobre uma possível avaria na gráfica, mas não acredita por estarem a serem impressos jornais ligados ao regime.

“Continuamos a procurar outra gráfica depois sermos informados de uma avaria técnica que não acreditamos por estarem a imprimir outros jornais”, explicou.

Por seu vez, Ana Margoso, directora do Terra Angolana, jornal ligado à Unita, acredita que a decisão está inteiramente ligada à crise económica e financeira que o país atravessa e que poderá comprometer a maioria das publicações.

“Prefiro acreditar que é problema da crise”, disse.

A VOA saber que os semanários Grandes Noticias, Folha 8 e Manchete também enfrentam grandes dificuldades para saírem à rua.

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