O Presidente americano promulgou nesta terça-feira, 16, a lei que inclui um pacote milionário para investimentos em projectos para o clima, saúde e combate à inflação.
Num evento triunfante para os democratas na Casa Branca, Joe Biden apontou a lei como prova de que a democracia, “não importa quão longo ou confuso seja o processo” ainda pode dar ganhos aos eleitores nos Estados Unidos.
"O povo americano ganhou e os interesses especiais perderam", disse Biden, quem não se esqueceu dos republicanos que, em bloco, votaram contra o pacote.
"Neste momento histórico, os democratas ficaram do lado do povo americano e todos os republicanos ficaram do lado dos interesses específicos", afirmou o Presidente, lembrando que “todos os republicanos no Congresso votaram contra este projeto de lei."
A Câmara dos representantes aprovou na sexta-feira, 12, a legislação com 220 votos dos democratas e 207 contra dos republicanos, depois de no Senado, a vice-presidente Kamala Harris ter sido chamada a desempatar a votação, 50-50.
"Em tempos normais, fazer essas contas seria uma grande conquista", disse o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer durante a cerimónia na Casa Branca, acrescentando que “fazer isso agora, com apenas 50 votos democratas no Senado, contra uma minoria republicana intransigente, é nada menos que incrível".
Actividade produtiva dos democratas
A assinatura encerra um série de diplomas legais ratificados pelo Presidente que, em três meses, rubricou a legislação sobre benefícios para veteranos, a indústria de semicondutores e verificações de armas para jovens compradores.
Com o índice de aprovação de Biden em baixo, os democratas esperam que a série de sucessos aumente suas possibilidades de manter o controlo do Congresso nas eleições de Novembro, apesar das sondagens indicarem uma possível vitória dos republicanos.
O pacote inclui o investimento federal mais substancial da história para combater as mudanças climáticas, cerca de 375 mil milhões de dólares ao longo da década, e a redução dos custos de medicamentos prescritos em dois mil dólares, bem como vao ajudar cerca de 13 milhões de americanos a pagar pelo seguro de saúde.
Esse investimento deve sair de novos impostos sobre as grandes empresas e do aumento da fiscalização por parte do fisco de pessoas físicas e jurídicas ricas, com recursos adicionais destinados a reduzir o déficite federal.
Os republicanos, na oposição, dizem que os novos impostos aumentarão os preços dos produtos e a inflação, que já é a mais elevada desde 1981.