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Joe Biden e antigos Presidentes destacam heroísmo dos americanos e apelam à unidade


Casais Clinton, Obama e Biden, Nova Iorque 11 de Setembro de 2021
Casais Clinton, Obama e Biden, Nova Iorque 11 de Setembro de 2021

George W. Bush disse que extremistas violentos domésticos e estrangeiros "são filhos do mesmo espírito infame" e Trump critica saída do Afeganistão

Proeminentes políticos americanos, entre eles antigos Presidentes, destacaram a união dos americanos após os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001, em várias cerimónias que marcaram o 20o. aniversário do dia que mudou a história a América e o mundo.

O Presidente na altura George W. Bush, que lançou a chamada Guerra Global contra o Terror, acompanhou a vice-Presidente Kamala Harris numa cerimónia no denominado Campo de Shanksville, no Estado da Pensilvânia, e emocionou-se ao lembrar-se do dia que marcou a Presidência dele.

“Para quem é jovem demais para se lembrar daquele dia claro de Setembro, é difícil descrever a mistura de sentimentos que experimentamos. Houve horror com a escala da destruição e admiração com a bravura e a bondade que surgiu para enfrentá-la. Houve choque com a audácia do mal e gratidão pelo heroísmo e decência que se opôs a ele”, afirmou o republicano.

Bush referiu-se aos extremistas de dentro e fora dos EUA que partilham não só o "desprezo pelo pluralismo" e a sua "indiferença pela vida humana", mas também a sua "determinação em profanar os símbolos do país", numa referência aos atacantes do Capitólio a 6 de Janeiro.

Os extremistas violentos domésticos e estrangeiros "são filhos do mesmo espírito infame", sublinhou Bush, concluindo que "grande parte da nossa política tornou-se um apelo descarado à raiva, ao medo e ao ressentimento, isso nos deixa preocupados com anossa nação e nosso futuro juntos”.

A unidade da América

Na mesma cerimónia, no local do acidente do vôo 93 da United Airlines, a vice-presidente também colocou ênfase na unidade e lembrou que "nos dias que se seguiram ao 11 de Setembro de 2001, todos fomos responsáveis para que a unidade seja possível na América”.

“Fomos obrigados, também, que a unidade é imperativa na América, e é essencial para a nossa prosperidade compartilhada, nossa segurança nacional e nossa posição no mundo", disse Kamala Harris.

O Presidente Joe Biden não fez qualquer discurso, tal como deixara entender ontem ao indicar que hoje seria um dia de silêncio em homenagem a todos as vítimas.

Entretanto, depois de visitar um quartel de bombeiros em Shanksville, ele considerou de "realmente bom" o discurso do antigo Presidente George W. Bush.

Joe Biden acredita na vitória da democracia

Biden sublinhou a importância da unidade dos norte-americanos num momento de tensões latentes no país após o mandato de Donald Trump e revelou que, durante a sua visita ao quartel dos bombeiros em Shanksville, tirou fotos com voluntários que usavam chapéus de apoio ao antigo Presidente.

"Nos próximos quatro, cinco, seis ou dez anos, vamos provar que as democracias podem ou não funcionar?", desafiou Joe Biden, para quem os líderes autoritários pensam que são os únicos que podem ter sucesso.

"Penso que podemos, de facto, liderar através do poder do nosso exemplo", concluiu Joe Biden.

Obama e os "heróis do 11 de Setembro", os bombeiros.

O antigo Presidente Barack Obama homenageou os "heróis do 11 de Setembro", os bombeiros.

Numa mensagem, ele disse que a "América sempre foi o lar de heróis que correm em direcção ao perigo para fazer o que está certo" e acrescentou que a imagem que ele e a mulher Michelle têm daquele dia não foram os destroços e a destruição, "mas as pessoas".

"Nos últimos 20 anos, vimos a mesma coragem e altruísmo em exibição repetidas várias vezes. Vimos isso há uma década, quando, após anos de persistência, os nossos militares conseguiram parar Osama bin Laden. E estamos a ver isso hoje, nos médicos e enfermeiras, cansados até à exaustão, a fazer o que podem para salvar vidas", acrescentou, aludindo à pandemia de Covid-19", destacou o antigo Presidente.

Trump critica Biden

O também antigo Presidente Bill Clinton esteve presente juntamente com Bush, Obama e Biden, acompanhados das respectivas esposas, na primeira cerimónia do dia em Nova Iorque.

De fora de todas as celebrações, esteve o antigo Presidente Donald Trump que, no entanto, visitou um quartel de bombeiros em Nova Iorque e homenageou a classe.

Numa mensagem gravada, ele criticou Joe Biden, cuja saída do Afeganistão ele disse que o fez "parecer um um idiota".

"Este também é um momento triste para a forma como a nossa guerra contra aqueles que tanto prejudicaram nosso país terminou na semana passada", disse Trump, concluindo que "Joe Biden e a sua administração incompetente capitularam".

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