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João Lourenço defende luta contra a corrupção e critica discursos baseados em mentiras e insultos


Presidente angolano, Joao Lourenço, no Palácio Presidencial, a 17 de fevereiro, 2020
Presidente angolano, Joao Lourenço, no Palácio Presidencial, a 17 de fevereiro, 2020

O Presidente angolano, João Lourenço, defendeu a luta que o seu Governo tem vindo a fazer contra a corrupção e criticou aqueles que têm dito que esse combate tem sido mal gerido, bem como os que, segundo ele, fazem um discurso “baseado na mentira” contra os titulares dos poderes públicos.

"Alguns consideram apenas bons resultados o maior ou menor número de pessoas arroladas, detidas ou condenadas ou que o Estado já devia ter recuperado todos os ativos, o que a todos os títulos não é realista, uma vez que o dinheiro criou em alguns a ilusão e falsa sensação de impunidade, não fazendo voluntariamente a devolução dos ativos que ao povo angolano pertencem", disse Lourenço na abertura da reunião do Bureau Político do MPLA nesta terça-feira, 30, em Luanda, num discurso em que defendeu a independência da justiça e realçou que a corrupção não é um problema do partido no poder, mas de toda a sociedade.

"É um problema dos angolanos e da sociedade no seu todo, nenhuma força política pode se arrogar o direito de a monopolizar, sob pena de ser entendido como uma tentativa de branqueamento dos seus", afirmou o Presidente que defendeu o debate sobre as questões nacionais entre todos os atores do país.

Sem dar detalhes, Lourenço afirmou que "depois dos ganhos obtidos pelo país em termos de reputação, o MPLA está proibido de passar mensagens erradas e desencorajadoras à sociedade, aos tribunais, aos investidores e à comunidade internacional".

Mentiras e insulto verbal

Na sua intervenção, o presidente do MPLA afirmou constatar “o ressurgir de um discurso político baseado na mentira, no insulto verbal contra o adversário e contra os titulares das principais instituições do poder do Estado, o que não nos parece se coadunar com a sociedade pacífica que estamos juntos a construir” e lembrou que os canais do diálogo estão abertos, em particular o Parlamento, “a arena perfeita para se exprimir livremente”, a imprensa, o Conselho da República e as audiências com ele.

João Lourenço desafiou “todos a preservar suas energias” para a luta contra a Covid-19 e a consolidação da economia, durante o discurso em que destacou o primeiro aniversário do lançamento do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) e reiterou que o Fundo Soberano “vai continuar a existir e a servir o fim para o qual foi criado.

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