O rapper e activista angolano Carbono Casimiro foi homenageado no lançamento da organização não governamental Ufolo - Centro de Estudos para a Boa Governação na quarta-feira, 22, em Luanda.
O colóquio “Juventude em Acção”, que marcou o arranque das actividades, reconheceu que muitos activistas que lutaram contra o que consideram de “ditadura eduardista” e foram marginalizados continuam na mesma situação.
Wilson de Sousa Frederico, mais conhecido por Jang Nomada e que conviveu vários anos com o activista, lembra que Casimiro seria mais feliz se tivesse sido homenageado em vida.
“Nunca é tarde para ser homenageado, mas ele dizia que a pessoa deve ser homenageada ou respeitada em vida”, lembrou Nomada, para quem João Lourenço não trouxe nada de novo.
“Os jovens que foram vitimas naquele tempo continuam a ser vitimas, todos os que lutaram continuam a lutar contra os maus-tratos que continuam”, reiterou.
Por seu lado, o porta-voz do colóquio, Katrogi Nhanga Lwamba, mais conhecido por MCK, alertou que caso João Lourenço dirija mal o processo de transição poderá no futuro ser vítima do próprio sistema, “dos vícios ou da justiça seletiva que pode vir acontecer”.
Ufolo - Centro de Estudos para a Boa Governação é uma organização sem fins lucrativos lançada pelo jornalista e activista Rafael Marques e que pretende “fazer da sociedade civil um agente ativo, com intervenção real nas ações do poder político e com influência efetiva sobre as políticas e as atitudes que determinam o futuro do país".