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João Lourenço exorta países africanos de língua portuguesa a concertarem posições


João Lourenço
João Lourenço

Presidente angolano passa presidência rotativa do Fórum PALOP ao seu homológo de Cabo Verde

Os países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) vão desenvolver um projecto sobre a história da luta de libertação, para o qual Angola vai contribuir com um milhão de euros.

O anúncio foi feito nesta terça-feira, 27, Luanda, pelo Presidente angolano na conferência do Fórum PALOP, realizada por videoconferencia, e na qual João Lourenço desafiou os seus homólogos a usarem as suas potencialidades a concertarem posições e passou a liderança do órgão ao seu homólogo de Cabo Verde.

O projecto dsobre a história da luta de libertação daqueles países está orçado em 1,8 milhões de euros e deve avançar em breve, mesmo sem a promessa de contribuição dos restantes países.

No seu discurso, além de destacar o processo comum de luta dos países africanos de língua portuguesa e a necessidade de concertar posições, visando dinamizar o funcionamento da organização nos interesses de todos os Estados-membros”, Lourenço abordou a pandemia e desafiou os seus homólogos a levar os parceiros internacionais a entender “que o continente africano precisa de muita compreensão e solidariedade para nos recompormos dos estragos e dos prejuízos que esta crise sanitária global provocou nos nossos países”.

Ele avertiu que muitos países africanos, sem recursos,“correm o sério risco de ver as suas populações virem a ser vacinadas apenas depois de o mundo mais desenvolvido o ter feito”.

João Lourenço disse que a instabilidade e os conflitos permanentes no continente não devem ser aceites porque “ agravam os dramas sociais e humanitários da população”.

“Não nos podemos conformar com esta realidade”, sublinhou, fazendo menção aos conflitos que “assolam a república irmã de Moçambique, alguns países da Região dos Grandes Lagos e da CEEAC e da Região do Sahel no nosso continente”.

O Presidente angolano reforçou o seu apelo à concertaçãoentre os países africanos de língua portuguesa, de forma a capitalizar as suas sinergias e complementaridades.

Ao assumir a presidência do Fórum Palop, o Chefe de Estado de Cabo Verde considerou ser de "extrema importância" continuar o reforço do aprofundamento da institucionalização do Fórum PALOP, para torná-lo "mais previsível e consolidado", particularmente com uma maior a concertação político-diplomática entre os países.

Jorge Carlos Fonseca, acrecentou que o fórum pode ser consolidado através da operacionalização do Secretariado Permanente, com sede em Luanda, bem como a institucionalização de reuniões ao mais alto nível, à margem das cimeiras ou reuniões ministeriais na União Africana e Nações Unidas.

O Fórum PALOP, que foi criado em 2014 como mecanismo de concertação político-diplomática e de cooperação entre os países africanos de língua portuguesa, aceitou em Luanda a Guiné-Equatorial como membro de pleno direito, enquanto Timor-Leste tem o estatuto de observador.

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