O Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo da Sousa inicia uma visita de quatro dias a Angola na quarta-feira, 6,com a deposição, de manhã, de uma coroa de flores no Memorial Agostinho Neto e um encontro com João Lourenço no Palácio Presidencial, onde estão previstas igualmente conversações ministeriais, seguidas de uma conferência de imprensa conjunta.
Na antevisão da visita do chefe de Estado português, João Lourenço, disse na segunda-feira, 4, à RTP que as relações entre Angola e Portugal estão neste momento “no pico da montanha” e que o processo que em Lisboa envolveu o ex-vice-Presidente Manuel Vicente “não deixou sequelas”.
O analista Augusto Bafua Bafua entende, entretanto, que as relações entre os dois países estão “muito aquém do que seria o desejo dos angolanos e portugueses”.
Por sua vez, o economista José Matuta Cuato diz “não haver grandes mudanças no relacionamento entre os dois países a não ser no capítulo das relações políticas entre Estados”.
Dívidas
Um dos assuntos que o Presidente português traz na agenda tem a ver com a regularização de dívidas de Angola a empresas portuguesas, que teve avanços durante a visita do primeiro-ministro português, António Costa, a Luanda, em Setembro do ano passado, e na deslocação de João Lourenço a Portugal, em Novembro.
Ainda na quinta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa discursa, à tarde, numa sessão solene na Assembleia Nacional e encontra-se com estudantes na Universidade Agostinho Neto, onde deu aulas de direito.
À noite, tem um jantar oficial oferecido pelo chefe de Estado de Angola.
Pela parte do Governo, Marcelo Rebelo de Sousa é acompanhado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, bem como pela secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro.
Três líderes parlamentares, Fernando Negrão, do PSD, Nuno Magalhães, do CDS-PP, e João Oliveira, do PCP, integram a comitiva oficial.
Entre quinta e sexta-feiras, Marcelo Rebelo de Sousa desloca-se ao Lubango, na Huíla, e a Lobito e Catumbela - viajando de comboio entre estes dois últimos municípios -, na província de Benguela.