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João Lourenço defende acesso a fontes de financiamento e critica golpes de Estado


Presidente da Angola João Lourenço durante uma conferência de imprensa no palácio presidencial da Casa Rosada, no âmbito da visita do Presidente da França Emmanuel Macron, em Luanda, a 3 de Março de 2023.
Presidente da Angola João Lourenço durante uma conferência de imprensa no palácio presidencial da Casa Rosada, no âmbito da visita do Presidente da França Emmanuel Macron, em Luanda, a 3 de Março de 2023.

Presidente angolano discursou na Cimeira dos G-77 que decorre em Cuba

O Presidente angolano defendeu na Cimeira do Grupo dos 77 a reforma os sistema financeiro internacional e uma representativade mais justa nos organizações mundiais.

Ao discursar no evento que começou nesta sexta-feira, 15, em Havana, Cuba, João Lourenço também pediu o fim de qualquer encarajamento aos golpes que têm marcado a atualidade de vários países africanos.

"Continuaremos a lutar por reformas profundas da arquitetura financeira internacional e da sua governação, através de uma representatividade justa nos principais organismos mundiais de tomada de decisão e elaboração de políticas", afirmou Lourenço, para quem "estas reformas podem contribuir significativamente para melhorar o acesso dos países em vias de desenvolvimento a fontes de financiamento seguro e previsível".

O Presidente angolano defendeu o acesso a financiamento de longo prazo com condições favoráveis de reembolso, "para que possamos investir nas principais infra-estruturas como redes rodoviárias e ferroviárias, na produção e distribuição de água e energia, no saneamento básico, nas redes de informação e comunicações, para realizarmos algum dia o sonho de nos tornarmos também países industrializados".

O G-77, segundo Lourenco, pode contribuir para a criação de uma visão equilibrada sobre os fatos políticos contemporâneos que geram tensões que, muitas vezes, degeneram em conflitos de grande escala, como o que ocorre no leste da Europa.

Nesses casos “não nos podemos mostrar indiferentes, por se tornar imperativa a necessidade do respeito da Carta das Nações Unidas e das normas do Direito Internacional”, afirmou o Chefe de Estado angolano que voltou a defender a necessidade de um “ambiente propício a negociações que levem ao fim definitivo da guerra entre a Rússia e a Ucrânia”.

Em relação a África, ele disse que “assistimos com bastante preocupação ao alastrar do terrorismo e ao surgimento de golpes de Estado perpetrados por militares e que mereceram a condenação da União Africana e da comunidade internacional no geral”.

“É importante que essa mesma comunidade internacional não dê sinais ambíguos face à tomada do poder por meios inconstitucionais, devendo abster-se de atitudes e comportamentos que desautorizem as organizações regionais e continentais e que possam ser interpretadas como de encorajamento aos golpistas”, defendeu Lourenço..

Depois de apresentar um quadro de medidas tomadas pelo seu governo, nomeadamente no campo económico, o Presidente angolano reiterou a "necessidade do fim imediato do embargo contra Cuba, por ser injusto, desumano, contrário aos princípios do comércio e cooperação internacional, do direito inalienável da autodeterminação e da livre escolha dos povos sobre o seu destino".

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