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Jerusalém e Gaza: Longa noite de mísseis e ataques aéreos de retaliação


Um bombeiro israelita caminha perto de carros atingidos por um míssil disparado da Faixa de Gaza, na cidade israelita de Ashkelon, terça-feira, 11 de Maio de 2021.
Um bombeiro israelita caminha perto de carros atingidos por um míssil disparado da Faixa de Gaza, na cidade israelita de Ashkelon, terça-feira, 11 de Maio de 2021.

Tensões continuam a aumentar em torno dos pontos de conflito em Jerusalém

Outra longa noite de bombardeios ininterruptos de foguetes de militantes palestinos de Gaza para Jerusalém foi recebida com outra ronda de ataques aéreos das forças militares israelenses na terça-feira, 11.

Pelo menos 22 pessoas foram mortas em Gaza por ataques aéreos israelitas durante a noite.

Um porta-voz militar israelita disse que 15 membros do Hamas e da Jihad Islâmica foram mortos nos ataques aéreos, que tiveram como alvo centenas de locais controlados pelo Hamas.

Os militares também afirmam que seis cidadãos israelitas ficaram feridos por rockets.

A violência antes do amanhecer de terça-feira aconteceu horas depois que pelo menos 20 pessoas, incluindo nove crianças, terem sido mortas em Gaza por ataques aéreos militares israelitas contra alvos do Hamas.

Os ataques aéreos foram em resposta a 150 foguetes disparados contra Israel a partir de Gaza, de acordo com o exército israelita, com seis deles visando Jerusalém.

O Hamas disparou os mísseis minutos depois das 18 horas, quando o prazo local dado a Israel para retirar as suas forças de segurança do complexo da mesquita de al-Aqsa na Cidade Velha de Jerusalém já havia passado.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que o Hamas cruzou uma "linha vermelha" com os ataques de mísseis.

Acredita-se que seja a primeira vez que o grupo dispara mísseis em direcção a Jerusalém desde a guerra de 2014.

"Israel responderá com muita força. Não toleraremos ataques no nosso território, na nossa capital, contra os nossos cidadãos e nossos soldados. Quem nos atacar pagará um preço alto", disse Netanyahu.

Um porta-voz da ala militar do Hamas, Abu Obeida, disse que os ataques com mísseis foram uma resposta ao que ele chamou de "crimes e agressão" israelitas em Jerusalém.

Antes, testemunhas disseram que as forças de segurança israelitas atiraram gás lacrimogéneo e granadas de choque contra a mesquita, enquanto os fiéis atiravam pedras e outros projécteis contra as forças israelitas.

O Crescente Vermelho Palestino disse que mais de 300 palestinos ficaram feridos, incluindo 228 que foram levados para hospitais próximos.

A polícia israelita disse que 21 polícias ficaram feridos nos confrontos.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que estava "profundamente preocupado com os ataques de foguetes" contra Israel e que eles deveriam parar "imediatamente".

"Todos os lados precisam desacelerar, reduzir a tensão e tomar medidas práticas para acalmar as coisas", disse ele em breves comentários antes de uma reunião com o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, no Departamento de Estado.

Os números de mortes tendem a ultrapassar, segundo informações mais recentes.

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