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Jovens voluntários reforçam exército de Gbagbo


Voluntários apoiantes de Gbagbo, aliastando-se nas fileiras
Voluntários apoiantes de Gbagbo, aliastando-se nas fileiras

Num momento em que a população civil continua a fugir da capital comercial do país, Abidjan

Milhares de apoiantes do presidente em exercício da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, estão a inscrever-se como voluntários no seu exército, isto num momento em que a população civil continua a fugir da capital comercial do país, Abidjan.

A Costa do Marfim está cada vez mais perto de regressar à guerra civil, enquanto Laurent Gbagbo há mais de quatro meses que continua agarrado ao poder, depois das eleições presidenciais em que a comunidade internacional e a ONU consideram que a vitória foi de Alassane Ouattara, o rival do actual presidente em exercício.

Milhares de jovens apoiantes de Gbagbo alinharam-se no exterior do quartel-general, em Abidjan, na segunda-feira de manhã, para aderir às fileiras do exército, que tem estado envolvido em combates com forças leais de Ouattara. Aqueles jovens corresponderam ao apelo lançado pelo líder do grupo Jovens Patriotas, Charles Ble-Goude, para que se alistassem. Goude tem sido acusado de ter incitado os ataques lançados contra civis e contra as forças de paz da ONU.

Falando perante uma manifestação dos Jovens Patriotas, no sábado, Ble-Goude pediu aos jovens para se juntarem ao exército e servirem o seu país. Ao que os jovens militantes gritaram “queremos libertar a Costa do Marfim”.

A ONU informa que 30 civis foram mortos, na sequência de um ataque com morteiros, na quinta-feira, num mercado de Abobo, uma zona frequentada por militantes pró-Ouattara.

O responsável da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, disse que aqueles ataques de morteiro lançados por forças leais de Gbagbo, constituem crimes contra a Humanidade. O governo de Gbagbo nega qualquer envolvimento naquele ataque, afirmando que a missão da ONU não tem credibilidade porque está a apoiar os rebeldes pró-Ouattara.

A ONU afirma que, desde o início da crise, 435 pessoas foram mortas e que perto de 450 mil foram forçados a abandonar as suas casas.

À medida que o êxodo da população aumenta, os preços dos bilhetes de autocarro aumentaram para o dobro.

Aicha Diabate afirma que esteve à espera de um bilhete há dois dias e só conseguiu comprá-lo às duas horas da manhã, mas teve que subornar o condutor para poder obtê-lo.

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