O Governo de Israel anunciou nesta segunda-feira, 2, ter chegado a um acordo com a ONU para realojar cerca de 16 mil migrantes de países africanos que vivem no país em nações ocidentais, mas Telaviv suspendeu a sua aplicação horas mais tarde.
Benjamin Netanyahu revelou que eles seriam enviados a países como Canadá, Alemanha e Itália.
Com esse acordo, Israel cancelava o plano de deportação de imigrantes em situação ilegal que havia dado início no começo de Fevereiro.
De acordo com a agência Associated Press, cerca de 35 mil imigrantes africanos vivem no país.
Entretanto, horas mais tarde, o próprio Netanyahu anunciou a suspensão unilateral do acordo.
"Decidi suspender a aplicação deste acordo e voltar a rever os termos", afirmou Netanyahu na sua página no Facebook.
Antes, ele tinha dito que era um “um bom acordo, que nos permite resolver esse problema de uma maneira que serve, protege os interesses do Estado de Israel e dá uma solução aos moradores do sul de Tel Aviv e outras vizinhanças, e também às pessoas que vieram a Israel".
Os imigantes que moram em Israel são, na sua grande maioria, provenientes da Eritreia e Sudão.
Antes, o Governo de Israel começou a aplicar um plano de deportação dos imigrantes para países do continente, a troco de uma passagem e 3.500 dólares.
Entretanto, após os primeiros casos, houve vários protestos e alguns desses imigrantes começaram uma greve de fome em protesto.
Os imigrantes começaram a chegar em Israel em 2005, depois que o Egipto reprimiu violentamente uma manifestação de refugiados e após surgirem notícias sobre segurança e oportunidades de emprego de Israel.