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Inundações matam pelo menos 31 pessoas na Somália


Deslocados somalis desocupam os seus campos depois de fortes inundações terem afectado os seus abrigos improvisados em Mogadíscio.
Deslocados somalis desocupam os seus campos depois de fortes inundações terem afectado os seus abrigos improvisados em Mogadíscio.

A vida de cerca de 1,6 milhões de pessoas na Somália poderá ser afetada pelas inundações durante a estação das chuvas, que se prolonga até dezembro

As inundações causadas por chuvas torrenciais mataram pelo menos 31 pessoas em várias partes da Somália, informaram as autoridades no domingo, 12.

Desde outubro, as inundações na Somália provocaram a deslocação de cerca de meio milhão de pessoas e perturbaram a vida de mais de 1,2 milhões, declarou o Ministro da Informação, Daud Aweis, aos jornalistas na capital Mogadíscio.

As inundações causaram igualmente danos consideráveis às infraestruturas civis, nomeadamente na região de Gedo, no sul da Somália, escreveu a AP.

Um rapaz atravessa a água das cheias causadas por fortes chuvas, em Mogadíscio, Somália, sábado, 11 de novembro de 2023.
Um rapaz atravessa a água das cheias causadas por fortes chuvas, em Mogadíscio, Somália, sábado, 11 de novembro de 2023.

Segundo a Reuters, os campos de pessoas deslocadas devido a uma insurreição islâmica e à pior seca das últimas quatro décadas foram também inundados, obrigando as pessoas a fugir pela segunda vez.

O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas, ou OCHA, que disponibilizou 25 milhões de dólares para ajudar a atenuar o impacto das inundações, alertou na quinta-feira para "um evento de inundação de uma magnitude estatisticamente provável apenas uma vez em 100 anos, com impactos humanitários significativos previstos".

Somalis atravessam uma estrada inundada em Mogadíscio, Somália, segunda-feira, 13 de novembro de 2023.
Somalis atravessam uma estrada inundada em Mogadíscio, Somália, segunda-feira, 13 de novembro de 2023.

"Embora estejam a ser tomadas todas as medidas preparatórias possíveis, uma inundação desta magnitude só pode ser atenuada e não evitada", afirmou o OCHA, recomendando "um alerta precoce e uma ação rápida" para salvar vidas, uma vez que "é provável que haja deslocações em grande escala, um aumento das necessidades humanitárias e uma maior destruição de bens".

A vida de cerca de 1,6 milhões de pessoas na Somália poderá ser afetada pelas inundações durante a estação das chuvas, que se prolonga até dezembro, e 1,5 milhões de hectares de terras agrícolas poderão ser destruídos, acrescentou.

Mogadíscio tem sido devastada por aguaceiros que, por vezes, arrastaram pessoas vulneráveis, incluindo crianças e idosos, e perturbaram os transportes.

As inundações estão também a afetar o vizinho Quénia, onde o número de mortos ascendia a 15 na segunda-feira, de acordo com a Cruz Vermelha do Quénia. A cidade portuária de Mombaça e os condados de Mandera e Wajir, no nordeste do país, são os mais afectados.

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