Moçambique fechou o ano de 2016 com uma inflação acumulada de 25,26 por cento, mais do dobro de 2015.
Dados revelados nesta terça-feira, 10, pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) indicam que em Dezembro a inflação foi de 3,47 por cento, sendo a mais alta na Beira, com 6,92 por cento.
Entre as restantes duas maiores cidades do país, Maputo teve 2,84 por cento e Nampula 2,92 por cento.
Em época de Natal e fim-de-ano, o aumento dos preços deveu-se, principalmente, aos alimentos e bebidas.
O ano de 2016 foi marcado pela subida de preços de bens que constituem importantes factores de produção e que induzem a uma subida generalizada do custo de bens e serviços finais, de acordo com o INE, que destaca os combustíveis, electricidade e água.
A única classe de produtos cujos preços reduziram em Dezembro composta por habitação, água, electricidade e gás doméstico.
Esses dados são divulgados no momento em que o banco JP Morgan indica que os juros exigidos pelos investidores para transacionarem os títulos de dívida pública de Moçambique ultrapassaram os 26 por cento nesta terça-feira.
Esse aumento surge um dia depois de mesmo banco ter divulgado uma nota de análise aos seus clientes na qual considerava ser "altamente improvável" que Maputo consiga pagar as próximas prestações da dívida.