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Igreja Católica angolana critica violência na Lunda Norte


Celestino Epalanga, padre jesuíta e director nacional do Serviço Jesuíta para os Refugiados em Angola
Celestino Epalanga, padre jesuíta e director nacional do Serviço Jesuíta para os Refugiados em Angola

Coordenador da Comissão Episcopal de Justiça, Paz e Migrações da Igreja Católica, Celestino Epalanga, fala em "massacre"

A Comissão Episcopal de Justiça, Paz e Migrações da Igreja Católica em Angola considera um “acto macabro” o massacre ocorrido no sábado, 30, na região diamantífera de Cafunfo, na província da Lunda Norte e que resultou na morte de mais de 20 pessoas segundo actividas e de seis cidadãos, de acorod com a Polícia Nacional (PN)

Igreja condena violência na Lunda Norte - 2:05
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O coordenador daquela instituição ligada à Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), padre Celestino Epalanga disse à VOA ser “inadmissível que em quase 20 anos de paz e depois de um período muito longo de conflitos o país tivesse que assistir a mais este massacre”.

Depois de se manifestar chocado com a maneira como os mortos e os feridos foram tratados, o padre Epalanga afirmou ser “ condenável o que aconteceu, independentemente das circunstâncias que envolveram aquele acto macabro”.

Aquele responsável da CEAST pede diálogo entre o Governo e a população local que, segundo afirmou “vive da precariedade, da pobreza e da miséria”.

O padre Epalanga também coloca em dúvida o inquérito unilateral anunciado pelo comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida.

A marcha convocada pelo Movimento Protectorado da Lunda Tchokwe para o sábado visava pedir o diálogo com o Governo na tentativa de encontrar alternativas para reduzir a miséria de grande parte da população da riquíssima probíncia em minérios.

Apesar de o Movimento ter dito que cumpriu todas as formalidades legais para a marcha, as forças da ordem, PN e Forças Armadas Angolanas, segundo o presidente José Mateus Zecamuthima, impediram a mesma e reprimiram as cerca de 300 pessoas presentes.

Na semana que antecedeu a marcha, cerca de 13 activistas foram detidos, ainda de acordo com Zecamutchima, que também acusou as autoridades de lançarem corpos dos mortos no rio Cuango.

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