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IGAPE confirma privatização ilegal de empresas em Angola


Em causa as unidades ex-Alassola – ex-África Têxtil -, a antiga Satec e a Textang II
Em causa as unidades ex-Alassola – ex-África Têxtil -, a antiga Satec e a Textang II

O Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) confirmou que a privatização das empresas ex-Alassola – ex-África Têxtil -, a antiga Satec e a Textang II, foi irregular, com sociedades em actividade mesmo sem terem sido apuradas entidades para a sua gestão.

As três firmas representam um investimento superior a mil milhões de dólares, publicamente criticado pelo Presidente João Lourenço, e duas receberam do Banco Africano de Investimentos (BAI), mediante garantia soberana do Estado, mais 12 mil milhões de kwanzas.

Em comunicado, o IGAPE lembra a realização de um concurso público sob os auspícios do então Ministério da Geologia e Minas e Indústria, liderado pelo agora deputado do MPLA Joaquim David, em 2010, mas semqualquer resultado.

Joaquim David, apontado como organizador do processo de financiamento, está, conforme a Procuradoria-geral da República, entre os proprietários de uma das sociedades privadas.

O comunicado do IGAPE acrescenta que os custos da reabilitação da Alassola – ex-África Têxtil -, da antiga Satec e da Textang II foram dez vezes mais altos do que o montante inicialmente previsto, de 50 milhões de dólares americanos, financiados pelo Japão.

“A entrega das fábricas a sociedades privadas foi irregular por falta de competências do Instituto de Desenvolvimento Industrial e do Ministério da Geologia e Minas e da Indústria’’, avança o documento, no qual é referido que a fábrica de Benguela produziu até agora menos da 10% da sua capacidade, a Textang II menos de 5 por cento e a ex-Satec 0%.

Como medida de segurança, termina o comunicado, o Governo de João Lourenço leva a cabo um processo de privatização, iniciado em 2018, afastadas que foram as sociedades sem requisitos.

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