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Human Rights Watch pede investigação aos incidentes de 24 de Fevereiro


Daniel Bekele quer esclarecimentos do Governo
Daniel Bekele quer esclarecimentos do Governo

Polícia carregou sobre uma dezena de activistas que pretendiam protestar em Luanda

A Human Rights Watch (HRW) pediu nesta quarta-feira, 1, uma investigação “urgente e imparcial” ao Governo angolano ao uso da força pela polícia contra activistas que pretendiam fazer uma "manifestação pacífica" na passada sexta-feira, 24, em Luanda, para pedir a demissão do ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa.

"As autoridades angolanas estão a responder a protestos pacíficos com bastões e cães policiais. O Governo precisa investigar a repressão policial contra os manifestantes e responsabilizar os responsáveis", escreve o director da HRW para África, Daniel Bekele.

Os activistas Dago Nivel, Luaty Beirão, Emiliano Catombela, Arante Kivuvu e Nélson Dibango foram feridos pela policia, que envolveu a chamada brigada canina quando tentavam fazer uma manifestação comunicada dias antes às autoridades.

Os activistas queriam pedir a renúncia do ministro da Administração do Território por ser, também, o segundo da lista do MPLA às eleições Agosto por considerarem que como responsável pelo registo eleitoral Bornito de Sousa não deve ser também candidato.

No comunicado, a HRW lembra que “eleições justas requerem respeito pela liberdade de associação, de expressão e reunião pacífica”.

Para aquela organização de defesa dos direitos humanos, “o ataque da polícia a esses manifestantes pacíficos envia uma mensagem arrepiante a outros que querem criticar o Governo e é uma bandeira vermelha para a justiça das eleições deste ano".

Recorde-se que os activistas garantiram que vão continuar a manifestar a sua posição e que, como disseEmiliano Catombela à VOA esta semana, vão processar o comandante-geral da Polícia Nacional, Ambrósio de Lemos.

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