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Human Rights Watch pede que justiça argentina investigue príncipe saudita


Mohammed bin Salman particpa na reunião de G20 em Buenos Aires
Mohammed bin Salman particpa na reunião de G20 em Buenos Aires

Mohammed bin Salman é acusado de crimes contra a humanidade no Iémen

A organização não governamental Human Rights Watch pediu à Argentina que recorra a uma cláusula de crimes de guerra da sua Constituição para investigar o papel do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, em possíveis crimes contra a humanidade no Iémen e o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.

A Constituição argentina reconhece a jurisdição universal para crimes de guerra e tortura, o que significa que as autoridades judiciais podem investigar e processar estes crimes não importa onde tenham sido cometidos.

A Human Rights Watch disse que o pedido foi enviado ao juiz federal Ariel Lijo, mas nem o magistrado nem a Procuradoria-Geral da Argentina comentaram.

A directora da HRW para o Médio Oriente e o norte da África, Sarah Leah Whitson, disse que o grupo internacional de direitos humanos levou o caso à Argentina porque o príncipe Mohammed, também conhecido como MbS, participará da abertura da reunião do G20, as 20 economias mais desenvolvidas do mundo, que se realiza nesta semana em Buenos Aires.

A imprensa argentina citou fontes judiciais segundo as quais é extremamente improvável que as autoridades assumam um caso contra o príncipe herdeiro da Arábia Saudita.

O assassinato de Khashoggi, colunista do jornal Washington Post e crítico do príncipe herdeiro, no consulado saudita em Istambul seis semanas atrás, provocou tensão nos laços de Riad com o Ocidente e abalou a imagem do príncipe no exterior.

Nações ocidentais também pedem o fim da campanha militar liderada pelos sauditas no vizinho Iémen, à medida que a crise humanitária do país se agrava.

Entretanto, casos baseados na jurisdição universal foram bem sucedidos no passado.

Em 1998, o juiz espanhol Baltasar Garzón conseguiu ordenar a prisão do ex-ditador chileno Augusto Pinochet em Londres.

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