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Huíla: Polícias vão ser testados a consumo de álcool


Medida surge depois de jovem ter sido baleado por agente alegadamente embriagado

A Polícia Nacional (PN) na província angolana da Huíla vai reforçar o controlo dos níveis de consumo de álcool entre os seus efectivos com vista a prevenir que estes estejam susceptíveis aos excessos durante o exercício das suas funções.

Polícias no Lubango vão ser testados ao consumo de álcool – 2:09
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O anúncio do reforço desta medida, que será implementada todos os dias à entrada e à saída das esquadras policiais, surge na sequência da morte há dias de um adolescente baleado por um agente da Polícia Nacional em serviço e que de acordo com exames estaria com níveis de alcoolemia elevados.

Para o comandante provincial da Polícia Nacional na Huíla, Comissário Divaldo Martins, é preciso acabar com os erros fatais no seio da corporação, em muitos casos associados ao consumo de álcool.

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“Nós temos um procedimento de testagem do efectivo antes da entrada em serviço. Sucede que os efectivos durante o serviço com aquelas saquetas de bebidas alcoólicas nos bolsos acabam por consumir álcool. Então o que vamos fazer é testagem à entrada e à saída para garantir que não haja mais erros fatais causados eventualmente pelo excesso de álcool”, disse Martins.

Na visão do jornalista João Katombela, o consumo de álcool entre os efectivos tem impacto negativo na actuação desses agentes do Estado.

“Além do alcoolismo, se se controlar também o manuseio das armas que os efectivos vão usando durante o seu tempo de serviço, acidentes como esse vão-se evitar. Sabemos que o consumo de álcool diminui as capacidades visuais e mentais”, afirmou o jornalista.

A medida a ser concretizada nos termos em que é anunciada prestigia a imagem da PN, segundo o jurista Bernardo Peso, quem acrescenta que a mesma não coloca em causa nenhum direito dos efectivos.

Bernardo Peso, dúvida no entanto da sua eficácia.

“A formatura geralmente é antes das 8h ele (polícia) termina a missão no fim do dia. Então ao longo deste lapso de tempo muita coisa terá acontecido e o efeito do álcool terá passado também. A minha questão é na eficácia. O senhor comandante tem que pensar como tornar eficaz essa sua medida se não serão como aquelas medidas que não produzem efeitos do ponto de vista social”, afirmou o jurista.

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