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Huíla: Funcionários detidos por alegada corrupção


O Serviço de Investigação Criminal procedeu recentemente na Huíla, à detenção do diretor do gabinete do Administrador Municipal da Cacula e do secretário-geral, ambos acusados de entre outros dos crimes de peculato e tráfico de influências.

Trata-se de Rafael César Cabinda, diretor do Gabinete do Administrador Municipal e do secretário-geral da administração, Carlos Miranda Chivela.

Os dois funcionários públicos estavam a ser investigados no âmbito de um processo-crime em curso no SIC local, disse o seu porta-voz, Segunda Quitumba.

“O processo-crime apurou haver fortes indícios de envolvimento dos mesmos nos crimes de peculato, recebimento indevido de vantagem, tráfico de influência, abuso de poder e participação económica em negócios”, disse o porta-voz

Desidério da Graça administrador municipal da Cacula é declarante no processo e o seu papel pode ou não passar disso mesmo entende o jurista Raiked Correia.

“ Os erros cometidos pelo chefe de gabinete não vinculam o administrador claramente que não assim numa perspectiva muito geral porque podem existir casos que sim existe essa relação”., afirmou o jurist.

As detenções ocorrem depois de a subprocuradora geral da República titular na Huíla, Celma da Silva Lourenço, ter anunciado recentemente a abertura de dez inquéritos de um total de 38 denúncias apresentadas ao órgão entre Janeiro e Dezembro de 2023.

Questionado para saber porquê que gestores continuam a apegar-se aos crimes económicos, apesar da campanha do governo angolano contra a corrupção, o também docente universitário, diz que esse é um problema estrutural que vai levar tempo a dissipar, mas aponta soluções.

“ É preciso olhar para a educação e não pagarmos uma fatura ainda mais cara por não estar-se a olhar necessariamente para educação, para o empreendedorismo, para as questões de excesso do estado a nível da economia”, afirmou.

O mais recente caso de peculato e julgamento a envolver um gestor público na Huíla aconteceu em junho de 2023 com a então directora do gabinete provincial da saúde, Luciana Guimarães, condenada a três anos de prisão com pena suspensa.

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