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HRW revela aumento da repressão em Cabinda e diz que Lourenço segue as pisadas do seu antecessor


Activistas libertados em Cabinda, Dezembro de 2018 (Foto de Arquivo)
Activistas libertados em Cabinda, Dezembro de 2018 (Foto de Arquivo)

Zenaida Machado diz que "as autoridades angolanas devem parar de atacar os activistas e retirar todas as acusações contra os presos sem provas credíveis de violação da lei”.

O Governo de Angola está a aumentar a sua repressão sobre os activistas na província de Cabinda, onde, desde a posse do actual Presidente, em 2017, mais de 100 deles foram detidos, em actos pacíficos.

Human Rights Watch diz que repressão em Cabinda continua – 1:10
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A acusação consta de um documento divulgado nesta terça-feira, 16, pela Human Rights Watch (HRW) no seu site, no qual diz que João Lourenço está a seguir as pisadas do seu antecessor e o insta a "parar imediatamente a longa repressão sobre os activistas políticos e de direitos humanos em Cabinda".

“O Governo angolano está a intensificar a repressão aos activistas de Cabinda”, disse Zenaida Machado, pesquisadora sénior daquela organização não governamental citada na nota, na qual sublinha que o Executivo “deve acabar com suas prisões injustas e respeitar os direitos do povo de Cabinda de se manifestar e protestar pacificamente”.

A HRW afirma que desde que João Lourenço tomou posse, em Setembro de 2017, “as autoridades de Cabinda detiveram e prenderam de forma arbitrária mais de 100 activistas por se envolverem em actividades pacíficas de defesa da independência da província".

A nota cita o caso dos 48 detidos a 25 de Março quando, como a Voz da América noticiou na altura, participavam numa reunião da Conacce Chaplains, uma instituição sem fins lucrativos que se dedica à capelania e desenvolvimento social e religioso, reconhecida pela Comissão dos Direitos Humanos da ONU.

A organização é peremptória ao afirmar que a situação em termos de direitos humanos "continua má” e acusa o Presdiente João Lourenço de seguir as “pisadas do seu antecessor, respondendo à situação na província com violentas repressões de protestos pacíficos de activistas, entre outros abusos".

A HRW cita vários casos que considera de violação dos direitos humanos na província.

Zenaida Machado sublinha que “prender pessoas simplesmente por defenderem os seus direitos serve apenas para alimentar o descontentamento da população de Cabinda" e conclui que "as autoridades angolanas devem parar de atacar os activistas e retirar todas as acusações contra os presos sem provas credíveis de violação da lei”.

A nota ainda refere que os pedidos às autoridades para a organização de protestos e manifestações são sempre rejeitadaos.

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