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HRW denuncia discrminação contra africanos na China e pede medidas do Governo


Pessoas passeiam na "Pequena África" em Guangzhou, em 2018.
Pessoas passeiam na "Pequena África" em Guangzhou, em 2018.

A organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) denunciou atos de discriminação contra cidadãos de vários países africanos na China e pediu a Pequim que ponha término a essa prática, que tem sido referida desde o início da pandemia da Covid-19,

Em nota divulgada nesta terça-feira, 5, a HRW lembrou que “as autoridades também devem proteger africanos e pessoas de ascendência africana em toda a China contra discriminação no emprego, moradia e noutros domínios"

Um dos membros da organização na China, Yaqiu Wang, citado na mesma nota, revelou que "as autoridades chinesas reivindicam 'tolerância zero' à discriminação, mas o que estão a fazer com os africanos em Cantão é apenas um exemplo".

"Pequim deve investigar imediatamente e responsabilizar todos os funcionários e outros responsáveis pelo tratamento discriminatório", acrescentou a mesma fonte.

A organização de defesa dos direitos humanos relatou que as autoridades “visitaram casas de residentes africanos, testando-os no local ou instruindo-os a fazer um teste num hospital”, enquanto outros cidadãos foram obrigados a ficarem confinados em casa “com câmaras de vigilância ou alarmes instalados fora dos seus apartamentos".

Recorde-se que em março, embaixadores de vários países africanos denunciaram práticas de discrminação contra seus cidadãos e alegadas quarentenas forçadas para africanos, apesar de testarem negativo à Covid-19, ameaças de anulação do visto de residência e deportação pelas autoridades chinesas.

Os diplomatas pediram ao Governo chinês medidas contra essas práticas, mas o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, respondeu que Pequim tratava todos os estrangeiros da mesma forma.

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