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HRW denuncia abusos policiais contra activista angolano e pede investigação


Hitler Samussuco acusado de ultraje ao Presidente em vídeo
Hitler Samussuco acusado de ultraje ao Presidente em vídeo

A Human Rights Watch (HRW) apelou às autoridades angolanas a que investiguem suspeitas de abusos policiais na detenção de Hitler “Samussuku” Tshikonde, um dos 17 activistas detidos em 2015 e acusados de tentativa de golpe de Estado.

Em nota colocada na página da organização de defesa dos direitos humanos nesta sexta-feira, 17, a subdirectora para África da HRW, Ida Sawyer, escreve que “os maus tratos da polícia angolana a ‘Samussuku’ Tshikonde foram ilegais e um sinal de que o Governo não tolerará dissidências pacíficas”, e defendeu que “a conduta dos polícias deve ser investigada e os envolvidos responsabilizados"

Hitler Samussuku, como é conhecido, foi detido a 10 de Maio, em Luanda, por seis polícias à paisana que o “enfiaram num carro não identificado, tendo-o o mantido preso durante 72 horas sem acusação ou acesso a um advogado”.

Como a VOA informou na altura, o activista foi colocado em liberdade na segunda-feira, 13, com a recomendação de estar disponível para falar com as autoridades num processo em que ele é acusado de ultraje ao Presidente da República num vídeo publicado nas redes sociais no qual Samussuku adverte João Lourenço para as prisões de activistas, “as nossas tropas”, lembrando que eles enfrentaram José Eduardo dos Santos, enquanto Lourenço, segundo suas palavras, “não é nada”.

Hitler referia-se à prisão, nas duas últimas semanas, de outros dois membros do grupo dos 17, Arante Kivuvu e Benedito Jeremias, conhecido por “Dito Dali”.

Kivuvu foi preso por participar numa manifestação no Talatona contra a ocupação ilegal de terrenos de uma família do Kwanza Sul, enquanto “Dito Dali” foi detido por ter acusado um comandante da polícia de ter detido o colega Kivuvu, para subir de patente.

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